Tempo
11-03-2022 | 15:30:00
Por: Climatempo
La Niña prossegue até o Inverno e afeta a chuva no Sul
Acompanhe a análise e a tendência de chuva atá julho de 2022
Por: Climatempo
Teremos que ficar de olho nos EUA. Em 2012, mesmo com pequeno aquecimento do Pacífico, a safra quebrou. Com manutenção da fase fria e com 20% das áreas do meio oeste com seca moderada, será importante ficarmos de olho do próximo verão.
La Niña, até quando?
Em atualização em 10 de março de 2022, a Administração Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA) indicou que o oceano Pacífico equatorial continua mais frio que o normal e que a atmosfera responde como La Niña. A novidade está no Pacífico profundo.
Uma área de água quente, que poderia decretar o término do fenômeno, desfez nas últimas semanas e, agora, a perspectiva é de que o oceano superficial permaneça frio por mais tempo. Aumentou-se para 53% a chance de manutenção do fenômeno La Niña para o inverno brasileiro.
Desde o trimestre abril-maio-junho de 2020, o oceano Pacífico equatorial está mais frio que o normal com formação de dois fenômenos La Niña nestes quase três anos. Com o longo período frio, Climatologistas ironicamente afirmam que o La Niña "cresceu" e já pode ser chamado de "La Chica" como uma menina que se transforma em uma adolescente. Mas brincadeiras a parte, o efeito da persistência do Pacifico frio será visto entre o fim do outono e decorrer do inverno de 2022.
Tendência do clima
De acordo com a simulação canadense CanSIPS (imagem abaixo), a área com anomalia positiva de chuva prevista para o centro e sul do Brasil na atualização do início de janeiro diminuiu consideravelmente na atualização de março. Para o período entre maio e julho de 2022, a primeira atualização indicava chuva acima da média para boa parte da Região Sul e algumas áreas do Sudeste e Centro-Oeste com destaque para Minas Gerais e sul de Mato Grosso.
Agora, há previsão de chuva acima da média apenas no centro e oeste do Rio Grande do Sul. Todas as demais áreas e Estados estão com precipitação dentro da média, o que não significa muito, já que o trimestre é normalmente seco.
A atual estiagem observada na Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais e a chuva forte sobre a Região Sul nada tem a ver com as mudanças recentes de previsão. Trata-se de um bloqueio atmosférico, fenômeno que vem se tornando comum nos últimos verões, mas que 2022 aconteceu de forma mais tardia, mais para o fim da estação.
Previsões mais estendidas indicam aumento da precipitação sobre os três Estados do Sudeste e Nordeste e diminuição da chuva sobre o Sul mais para o fim do mês de março.