Tempo
24-08-2022 | 15:21:00
Por: Climatempo
Incêndios florestais causam prejuízo de 100 mil reais no DF
Esta semana está sendo de tempo seco em grande parte do país, condição que acende um alerta o aumento no número de focos de queimadas, que é comum nesta época do ano
Por: Climatempo
Situação das queimadas no Brasil
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Segundo o site de monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), no comparativo anual entre os países da América do Sul, entre 2016 e 2022, para período de 01/01 até 22/08/2022, o Brasil ainda assim lidera o ranking de número de queimadas com 65.212 mil focos, mesmo tendo reduzido em 13% o número de focos em relação a 2021. A Argentina ocupa a segunda posição com 22.765 focos, seguida da Venezuela com 17.154 focos.
São números alarmantes e muito preocupantes, uma vez que as queimadas destroem biomas, prejudicam a qualidade do ar, a saúde da população exposta à fumaça das queimadas.
Queimadas também podem ter impactos diretos na mesa dos brasileiros e na economia, uma vez que lavouras podem ser atingidas pelo fogo, como foi o caso recente de lavouras de milho no Distrito Federal.
Não chove há mais de cem dias em Brasília. São mais de três meses com o ar seco predominando e os incêndios florestais sendo disseminados e causando prejuízos aos agricultores.
Segundo reportagem no Programa Agromanhã, do Canal Terraviva, parceiro da Climatempo, no último sábado 20 de agosto, o fogo acabou com parte de uma lavoura de milho em uma fazenda na DF-131 em Planaltina, a 45km de Brasília.
Além disso, segundo a reportagem os incêndios prejudicaram também plantações de frutas do Lago Oeste (DF), acabando com culturas de uva e pitaia essa semana, com um prejuízo estimado em 100 mil reais pelo agricultor.
Na reportagem, o corpo de bombeiros aponta que a maioria dos incêndios são causados pelo homem, por exemplo por meio do descartes de bitucas de cigarro na vegetação.
Uma das principais medidas de prevenção, segundo os bombeiros, é a utilização da técnica de aceiros, também chamada de atalhada ou sesmo, que segundo o ICMBio é realizada da seguinte forma:
“Para fazer os aceiros, os brigadistas usam o fogo controlado. Elesenbsp; lançam as chamas na vegetação seca, numa estreita faixa de terra emenbsp; torno da unidade e apagam o fogo logo em seguida. A parte queimadaenbsp; funciona, então, como uma barreira natural contra incêndios.”
Na reportagem do Canal Terraviva foi explicado que os aceiros são feitos em uma faixa de pelo menos 4 metros de largura, que deve ser capinada ao redor das propriedades rurais para proteção. Além disso, os bombeiros apontam ações simples para serem realizadas, como não por fogo em restos de lixos, podas, folhas e não queimar a vegetação, e também estar atentos e prevenir para os incêndios não irem para edificações na área rural ou nas proximidades urbanas.