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Status sanitário fortalece suinocultura de MS e exportações

Reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação amplia acesso a mercados e já impacta produção e vendas externas

Status sanitário fortalece suinocultura de MS e exportações

O reconhecimento de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa sem vacinação fortalece a suinocultura estadual. Foto: Faamsul / Divulgação

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Foto do autor Redação RuralNews
17/12/2025 |

O reconhecimento do Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação, oficializado em 2025, colocou a suinocultura de Mato Grosso do Sul em um novo patamar no cenário internacional. Com esse status sanitário, o estado passa a transmitir ainda mais confiança aos importadores e amplia as possibilidades de acesso a mercados exigentes. Como reflexo direto, os números já mostram avanço. Somente em novembro, Mato Grosso do Sul exportou 1,84 mil toneladas de carne suína in natura, o que gerou US$ 4,49 milhões em receitas.

Além disso, no acumulado de janeiro a novembro, os embarques somaram 20,7 mil toneladas e renderam US$ 49,2 milhões. Esse desempenho representa um crescimento de 11,76% em relação ao mesmo período do ano anterior, reforçando o fortalecimento da cadeia produtiva no estado.

Para a consultora de economia da Famasul, Eliamar de Oliveira, o novo status sanitário funciona como um selo de credibilidade. Segundo ela, esse reconhecimento amplia o valor estratégico da produção sul-mato-grossense e consolida a imagem de segurança sanitária junto ao mercado global. “A certificação representa uma oportunidade comercial importante, mas também um compromisso de toda a cadeia. Por isso, manter padrões elevados de biosseguridade e gestão sanitária é essencial para sustentar esse patamar”, destaca.

Produção em alta exige biosseguridade contínua

Ao mesmo tempo, o avanço sanitário ocorre em um período de forte ritmo produtivo. Apenas em novembro, os frigoríficos do estado abateram 311,1 mil suínos, número 4,96% superior ao registrado no mesmo mês de 2024. Esse crescimento evidencia o dinamismo da suinocultura sul-mato-grossense e o alinhamento às exigências do mercado internacional.

No entanto, para competir de forma consistente, a profissionalização das granjas precisa seguir avançando. A consultora técnica da Famasul, Fernanda Lopes, ressalta que práticas rigorosas de biosseguridade são indispensáveis. Entre elas, estão as barreiras de entrada, o controle de trânsito, os planos de contingência e o monitoramento permanente do plantel. De acordo com ela, essas medidas reduzem riscos sanitários e garantem acesso a destinos estratégicos, como Singapura, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.

Ainda assim, Fernanda pondera que o novo status sanitário não é o único fator por trás da valorização recente do suíno vivo. “A oferta equilibrada, a demanda firme e o crescimento das exportações foram decisivos para sustentar os preços. O status contribui de forma indireta, ao manter mercados abertos e reforçar a confiança dos compradores”, explica.

Dessa forma, o setor entra em um ciclo contínuo de modernização. Com normas mais rigorosas, vigilância constante e elevação dos padrões produtivos, a suinocultura de Mato Grosso do Sul se fortalece. “A certificação reforça o compromisso do estado com a qualidade e impulsiona toda a cadeia produtiva”, conclui a consultora.

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Editor RuralNews
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TAGS: #Status sanitário # Suinocultura
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