Solos
22-11-2023 | 5:07:00
Por: Da reda
Manejo de solo e sequestro de carbono foram pauta de reunião da FAEP
Metodologia de pesquisador da Embrapa divide o manejo em quatro níveis, de acordo com diferentes indicadores, melhorando os resultados em relação à qualidade de solo, produção e produtividade.
Por: Da reda
"É uma metodologia de diagnósticos, para que o produtor possa identificar os fatores limitantes que existem e avaliar em que precisa melhorar e ter um direcionamento do que fazer para chegar a um nível superior", afirmou Júlio Cezar. Um dos principais critérios diz respeito à diversificação de culturas. "Os produtores que estão no nível um, por exemplo, fazem três cultivos de duas espécies, ao longo de três anos. Já o nível quatro corresponde a sete cultivos, de sete espécies, com um cultivo de cobertura, um cultivo em consórcio com grãos e um cultivo outonal", explicou.
Segundo o pesquisador, os efeitos desses cuidados são visíveis: o solo passa a se caracterizar por agregados pequenos, que permitem maior taxa de infiltração de água e que favorecem o desenvolvimento radicular das plantas. Tudo isso resulta em plantio com menos estresse, maior produção e produtividade. “Tem uma relação direta entre diversificação e qualidade física do solo. Quem diversifica tem menos necessidade de fazer preparo do solo, por conta da qualidade e estrutura, e consegue resultados melhores”, disse o especialista.
Sequestro de carbono
Também ao longo da reunião, os produtores rurais também assistiram à uma apresentação sobre a plataforma da Jiantan, startup sediada em Maringá, no Noroeste do Paraná. Por meio do aplicativo, os agricultores podem comercializar créditos de carbono gerados pela manutenção da reserva legal ou de áreas de produção de sua propriedade.
Segundo João Berdu Garcia Junior, representante da startup, o sistema faz análise a partir de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e quantifica os créditos com base em normas validadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“O aplicativo identifica e delimita a área, avalia a integridade da preservação com base em dados oficiais e gera um bônus de remoção compatível com a área de preservação que o produtor tem”, disse Garcia Junior. Ele apontou que, em média, a cada hectare de Mata Atlântica preservado, o produtor recebe cerca de R$ 300 por ano. O produtor que desejar mais informações pode encontrar mais conteúdos no site da startup.