Última região do Paraná entrou no vazio sanitário no sábado e medida já abrange todo o Estado
Desde o último sábado (21), o vazio sanitário da soja passou a valer em todo o Paraná, com a entrada da Região 1 — que abrange o Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral — no período determinado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). As demais regiões do Estado já haviam iniciado o cumprimento da medida no começo de junho.
O vazio sanitário segue até 19 de setembro na Região 1 e tem como objetivo reduzir a proliferação do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática. A doença é considerada a mais severa da cultura da soja e pode gerar perdas de até 90% na produtividade quando não controlada.
Durante o período, é proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja no campo, a fim de evitar que elas sirvam como hospedeiras do fungo. No Paraná, os períodos foram escalonados em três etapas conforme os microclimas locais, definidos pelo Mapa para otimizar o controle da doença.
A responsabilidade pela fiscalização é da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vinculada à Secretaria de Agricultura e do Abastecimento. A Adapar deve aplicar penalidades previstas na legislação aos produtores que não eliminarem as plantas vivas de soja dentro do prazo. Também é função da autarquia o controle e o cumprimento do calendário de plantio no Estado.
O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar reforça que a eficácia da medida depende do envolvimento de todos os agricultores, que devem monitorar as lavouras e eliminar imediatamente qualquer planta viva de soja identificada durante o período de vazio sanitário.