Soja encerra fevereiro em baixa na CBOT
Incertezas tarifárias por parte dos Estados Unidos e o andamento da colheita da safra brasileira pressionaram os preços da commodity

Incertezas tarifárias que a administração Trump quer impor aos seus principais parceiros comerciais também influenciam na cotação.

A cotação da soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou na sexta-feira (28/02) em queda de -3,50% ou -37,25 cents bushel, segundo dados do Boletim Diário TF Consultoria. Pressões impostas pela colheita da safra no Brasil e a reta final da campanha argentina, forçam os preços neste cenário.
Segundo a consultoria, o contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, também fechou em baixa de -1,10%, ou $ -11,25 cents/bushel a $1011,50.
O cancelamento da mudança na mistura do biodiesel para o B15 vai fazer sobrar no mercado 2,2 milhões de toneladas a mais da oleaginosa, além de haver uma supersafra no Brasil e ambos deverão pressionar os preços a médio e longo prazos.
Fatores externos
Incertezas tarifárias que a administração Trump quer impor aos seus principais parceiros comerciais também influenciam na cotação.
Além de esclarecer que as tarifas sobre as importações chinesas serão de 10 + 10% e entrarão em vigor na próxima terça-feira (04/03) — junto com os 25% sobre as mercadorias do México e do Canadá — Trump agora também propôs a imposição de taxas portuárias significativas para os navios construídos e operados pela China.
Essa medida, segundo especialistas, pode gerar "caos e incerteza" em toda a cadeia de transporte de cargas e terá repercussões negativas na competitividade, sobretudo, das cargas americanas.
Fonte: TF Consultoria
