O relatório mensal de janeiro da USDA divulgado nesta sexta-feira, 12/01, trouxe números que deixaram o mercado de apreensivo. Os números do relatório automaticamente refletiram em Chicago, fazendo a soja cair 30 pontos e o milho cair 14 cents por bushel após a divulgação dos dados.
O fato é que os EUA tem uma decisão muito importante e decisiva para tomarem em breve, que é seu programação de exportação para a soja. Os americanos ainda precisam negociar 11 milhões de toneladas de soja, que o grão americano está US$ 1,5 acima do Brasil posto China. Eles terão uma dificuldade enorme para avançar com seu programa de exportação.
Mas o que fez o mercado cair mesmo foram os dados de estoque nos EUA, que o mercado esperava ser de diminuição e veio com um aumento substancial, principalmente para o milho. No relatório de dezembro, o milho estava com 315.22 milhões de toneladas e este de janeiro aumentou para 325.22 milhões de toneladas, sou seja, 10 milhões de toneladas a mais. Isso num momento em que eles precisam exportar um volume exponencial. Na produção de soja americana, o relatório trouxe uma atualização de 114.21 para 114.6 milhões de toneladas.
Na América do Sul, o relatório trouxe cortes na produção brasileira, como era esperado. Os números que em dezembro eram 161 milhões de toneladas baixaram para 157 milhões de toneladas, cerca de 4 milhões de toneladas a menos, confirmando expectativa do mercado.
Já para o milho brasileiro, o relatório cortou apenas em 2 milhões de toneladas a produção brasileira. Saiu de 129 milhões de toneladas para 127 milhões de toneladas.
A produção Argentina se manteve inalterada, com 55 milhões de toneladas. Apenas a soja aumentou 2 milhões de toneladas, passando de 48 milhões de toneladas para 50 milhões de toneladas neste relatório de janeiro.
Destaco novamente a necessidade de os EUA precisarem negociar muito volume e seus preços internos seguirem muito mais caro que os outros países. "Esses dados são muito relevantes e vão fazer com que as cotações caiam ao redor do globo. No Brasil o mercado chegou a bater o limite de baixa, caindo 5% para o contrato de março.
Além disso, o relatório também trouxe uma alteração nos dados da China: a produção de milho subiu 11 milhões de toneladas, o que acabou colocando um balde de agua fria no mercado.