"A escalada da Selic nos últimos meses e o novo aumento esperado pelo mercado no anúncio a ser feito pelo Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central, nesta quarta-feira (04/05), acarretarão consequências perversas para o agronegócio". O alerta é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio Meirelles. O dirigente manifesta preocupação mais acentuada quanto à necessidade de se adequarem os recursos direcionados à subvenção para o crédito ao setor no Plano Safra 2022/2023, que começa a vigorar em 1º de julho. Não houve um redimensionamento das verbas de modo congruente com o grande aumento da Selic desde o início de 2021, bem como do custo de produção que eleva a demanda dos produtores por recursos. "Com a taxa já em 11,75% ao ano, com tendência de chegar a 12,75% esta semana, os produtores precisarão, mais do que nunca, de linhas especiais de financiamento para manter o patamar da produção. Os produtores não conseguirão bancar os juros livres de mercado, em especial porque os spreads bancários estão muito elevados, inclusive por conta dos riscos da conjuntura atual", pondera Meirelles, defendendo: "É necessário ampliar o máximo possível o alcance do setor rural aos recursos oficiais do Plano Safra".