HOME | AGRICULTURA | Plano Safra | Publicado em 04/12/2024
Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Rui Costa (Casa Civil), e da Fazenda, Fernando Haddad, além do presidente da Conab, Edegar Pretto, discutiram com o presidente Lula a montagem do Plano Safra 2024/25. A reunião foi realizada nesta quinta-feira (14) no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
A produção de cereais ganhou mais importância na discussão, se nivelando à soja, milho e trigo - grãos com forte apelo para a exportação.
Segundo Fávaro, houve uma quebra na produção de feijão de cerca de 3,5%, mas que deve ser recuperada com o terceiro ciclo de plantio, que está acontecendo agora. O trigo também é uma preocupação pois há um aumento da produção de cevada em substituição ao trigo, principalmente no Paraná, com a instalação de grandes indústrias cervejeiras.
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“É bom a diversificação, mas a gente vai tomar medidas para que haja um incentivo da produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca”, disse.
Fávaro citou, como exemplo, a desconcentração das regiões produtoras. “O incremento de área plantada, em segunda safra, de arroz em Mato Grosso, no Centro-Oeste é algo muito significativo, algo em torno de 20%”, contou. “O Brasil é quase autossuficiente [na produção de arroz], só que isso é concentrado no Sul do país. Então, quando a gente estimula o plantio de segunda safra do Centro-Oeste, do Matopiba [região produtora entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], estamos incentivando a ter arroz perto desses centros consumidores”, explicou.
Os ministros não revelaram se o valor que será destinado à produção de alimentos foi discutido.
Medidas de facilitação de crédito, formação de estoques públicos e política de preço mínimo também devem fazer parte do arcabouço para a redução dos preços dos alimentos, bem como para aumento da renda dos produtores. O ministro explicou que o objetivo é estimular principalmente a agricultura familiar, com a atuação fundamental da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Segundo Fávaro, na próxima semana, o presidente Lula vai receber representantes de, pelo menos, quatro setores do agronegócio - fruticultura, cafeicultura, algodão e pecuária.
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Esse conteúdo foi publicado originalmente em https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-03/preco-do-arroz-deve-cair-cerca-de-20-nas-proximas-semanas
Ministros discutem Plano Safra 2024/25 com Lula
Foco será dividido entre commodities e cereais de consumo interno
A produção de cereais ganhou mais importância na discussão, se nivelando à soja, milho e trigo - grãos com forte apelo para a exportação.
Segundo Fávaro, houve uma quebra na produção de feijão de cerca de 3,5%, mas que deve ser recuperada com o terceiro ciclo de plantio, que está acontecendo agora. O trigo também é uma preocupação pois há um aumento da produção de cevada em substituição ao trigo, principalmente no Paraná, com a instalação de grandes indústrias cervejeiras.
“É bom a diversificação, mas a gente vai tomar medidas para que haja um incentivo da produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca”, disse.
Fávaro citou, como exemplo, a desconcentração das regiões produtoras. “O incremento de área plantada, em segunda safra, de arroz em Mato Grosso, no Centro-Oeste é algo muito significativo, algo em torno de 20%”, contou. “O Brasil é quase autossuficiente [na produção de arroz], só que isso é concentrado no Sul do país. Então, quando a gente estimula o plantio de segunda safra do Centro-Oeste, do Matopiba [região produtora entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], estamos incentivando a ter arroz perto desses centros consumidores”, explicou.
Messias, Teixeira (ao cento) e Fávaro falam da reunião a jornalistas. Foto: Agência Brasil
Os ministros não revelaram se o valor que será destinado à produção de alimentos foi discutido.
Medidas de facilitação de crédito, formação de estoques públicos e política de preço mínimo também devem fazer parte do arcabouço para a redução dos preços dos alimentos, bem como para aumento da renda dos produtores. O ministro explicou que o objetivo é estimular principalmente a agricultura familiar, com a atuação fundamental da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Segundo Fávaro, na próxima semana, o presidente Lula vai receber representantes de, pelo menos, quatro setores do agronegócio - fruticultura, cafeicultura, algodão e pecuária.
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