Embora estejam entre os quatro primeiros colocados, Goiás e Minas Gerais assistem a um declínio na expansão leiteira. É o que aponta dados recém divulgados pela Pesquisa Pecuária Municipal pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo a Faeg e sindicatos rurais regionais, o produtor tende para a atividade mais rentável. Segundo Gilson Costa, de Itaberaí, os custos da ração mais elevados também influenciam, sobretudo com as adversidades climáticas dos últimos meses.
As pastagens sofreram com a falta de chuvas. O capim em algumas regiões desapareceu, emagrecendo o rebanho e em consequência produzindo menos leite. No vizinho Tocantins, por exemplo, há casos de mortes de animais.
Importantes mudanças espaciais foram observadas a partir de 2021 e 2022, a produção diminuiu no centro-oeste de Minas Gerais, nos estados de Goiás e de Rondônia. Neste, a crise decorre da maior distância dos mercados consumidores.
Ao se destacar os municípios com densidade de produção leiteira acima de 30 litros/ dia por km2, o IBGE identificou as áreas de maior concentração no ano de 2022. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia, dos 12 meses do ano de 2023, nove tiveram médias mensais de temperatura acima da média histórica (1991/2020).
Destaque para setembro, que apresentou maior desvio (diferença entre o valor registrado e a média histórica) desde 1961, com 1,6ºC acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica).