Milho tenta reação após perdas em maio, mas clima nos EUA segue pressionando preços
Os contratos futuros do milho iniciam a segunda-feira em leve alta na Bolsa de Chicago. Pela manhã, os vencimentos operavam com ganhos entre 1 e 3 pontos, com o contrato julho cotado a US$ 4,47. Na sexta-feira, o mercado fechou em queda de 2 a 4 cents. Na semana passada, as perdas chegaram a 3%, e ao longo do mês de maio, a desvalorização foi superior a 6%.
De acordo com a Granoeste Corretora, apesar da leve recuperação de hoje, o mercado segue pressionado por uma demanda mais fraca e pelas tensões renovadas entre Estados Unidos e China, o que deixa investidores e participantes mais cautelosos. O bom andamento do clima nas lavouras americanas também limita movimentos de alta nos preços. O plantio da nova safra nos EUA estava em 87% na semana passada, bem acima da média dos anos anteriores. Um novo relatório do USDA deve ser divulgado ainda hoje.
No Brasil, a colheita da safrinha avança de forma tímida. Segundo a Pátria AgroNegócios, os trabalhos chegaram a 1,05%, abaixo dos 2,7% registrados no mesmo período de 2024. A média histórica para o período é de 0,75%. As chuvas previstas para os próximos dias devem dificultar o avanço especialmente no sul do cinturão do milho.
Em Mato Grosso, o Imea estima que a colheita esteja em 0,97%, frente aos 4,7% do ano passado e à média de 2,6% dos últimos cinco anos. A comercialização da safra atual está estimada em 45%, acima dos 32,7% registrados no ano passado, mas abaixo da média de 57%.
Na BMF, os contratos operam em queda: julho a R$ 62,70 e setembro a R$ 63,95. No mercado físico, no oeste do Paraná, as indicações de compra para lotes prontos variam entre R$ 60,00 e R$ 65,00, dependendo do local de embarque e das condições de pagamento.
Câmbio: O dólar opera em queda, cotado a R$ 5,68 na manhã desta segunda-feira. No fechamento anterior, estava em R$ 5,720.