Milho ganha força com projeções de produção no Brasil e nos EUA

Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago registram alta de 3 a 5 pontos na manhã desta quarta-feira, sendo cotados a US$ 4,44 para julho. Na terça-feira, os preços reverteram perdas e encerraram com ganhos entre 1 e 5 pontos.

Na B3, o milho segue em queda. A posição julho é negociada a R$ 63,90, ante R$ 64,30 do fechamento anterior. Para setembro, os contratos são cotados a R$ 64,85, frente aos R$ 65,39 do dia anterior.

De acordo com a Granoeste Corretora, o otimismo no mercado está relacionado a sinais de trégua na guerra comercial entre China e Estados Unidos. Analistas acreditam que um acordo pode ser fechado em breve, impulsionando os mercados.

Negociações entre China e EUA trazem impulso ao mercado de milho. Foto: Canva

Outro fator relevante é a expectativa pelo novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira. As projeções apontam para uma leve redução na produção de milho norte-americana, embora os volumes ainda devam ultrapassar 400 milhões de toneladas. Os estoques também devem apresentar recuo, em razão da forte demanda.

Para o Brasil, o mercado aposta em revisão para cima na estimativa de colheita, podendo alcançar 131,5 milhões de toneladas.

Nos Estados Unidos, o plantio da nova safra de milho está praticamente finalizado. Segundo o USDA, 97% da área já foi semeada, contra 94% no mesmo período do ano anterior. Em relação à qualidade das lavouras, 71% estão classificadas como boas ou excelentes, ante 74% na safra anterior.

No Brasil, o Deral informa que a colheita do milho no Paraná atinge 4% da área cultivada. A estimativa é de crescimento de 7% na área plantada em comparação ao ano anterior, com produção projetada em 16,15 milhões de toneladas, frente a 13,05 milhões em 2024.

No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 58,00 e R$ 61,00. Com o avanço da colheita ao longo da semana, espera-se maior volume de ofertas no mercado. Os preços entre a safra velha e a nova estão praticamente equivalentes.

De acordo com análise da Granoeste, o cenário é de cautela, mas com expectativa de movimentação conforme os dados oficiais forem divulgados.

No câmbio, o dólar apresenta leve queda nesta manhã, cotado a R$ 5,55. No fechamento anterior, a moeda estava em R$ 5,569.