Pesquisa da Conab mostra redução nos valores de frete em boa parte do país, com perspectiva de alta para o fim do próximo mês
Os valores do frete rodoviário recuaram em diversos estados brasileiros, influenciados pela menor demanda de transporte e pela queda no preço do diesel. No entanto, a expectativa é de alta gradativa nos próximos meses, com o avanço da colheita da segunda safra de milho e o consequente aumento na movimentação logística. As informações constam na edição de junho do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada no dia 27.
No segmento de grãos, as exportações de milho totalizaram 6,1 milhões de toneladas em maio de 2025, abaixo das 7,5 milhões do mesmo mês de 2024. O porto de Santos liderou o escoamento, com 28,8% do volume exportado, seguido pelos portos do Arco Norte (25,7%), São Francisco do Sul (16,4%), Paranaguá (12,9%) e Rio Grande (12,8%). As cargas partiram majoritariamente de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
A soja brasileira mantém ritmo firme de exportações, com 38% da carga saindo pelo Arco Norte, superando os 36,4% do ano passado. O porto de Santos respondeu por 37,5% do volume, seguido por Paranaguá (11,9%) e São Francisco do Sul (5,3%). Os principais estados de origem foram Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais.
Entre janeiro e maio de 2025, o farelo de soja alcançou 9,6 milhões de toneladas exportadas, ligeiramente acima das 9,3 milhões no mesmo intervalo de 2024. Santos (42,3%) liderou a movimentação, seguido por Paranaguá (30,8%), Rio Grande (15,1%) e Salvador (7,9%).
As importações de fertilizantes registraram forte alta em maio, com 15,27 milhões de toneladas acumuladas no ano até então, superando as 13,6 milhões do mesmo período em 2024. Paranaguá (4,09 milhões de toneladas), Arco Norte (2,99 milhões) e Santos (2,1 milhões) foram os principais portos de entrada.
Na análise regional, os fretes recuaram em estados como Bahia, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Piauí. No Paraná, houve retração em localidades como Ponta Grossa, enquanto Minas Gerais apresentou estabilidade para grãos e alta nos fretes de café devido à entressafra. Por outro lado, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e parte de Minas Gerais já registram elevações nas cotações, impulsionadas pela crescente movimentação da safrinha.
A Conab também apontou tendência de aumento na demanda por transporte em diversas regiões do Paraná. Já em Goiás e Piauí, o mercado apresentou estabilidade, com leve redução na movimentação.