Mapa encerra missão na Colômbia e no Chile com nova abertura para farinha de sangue bovino

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) concluiu uma missão oficial na Colômbia e no Chile com resultados concretos para o agronegócio brasileiro. Entre os avanços alcançados, está a abertura de mercado colombiano para farinha de sangue bovino, o que amplia as oportunidades de exportação e fortalece a presença do Brasil na América do Sul.

A delegação foi liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, e pelo diretor de Negociações Não Tarifárias, Augusto Billi. As agendas, realizadas em Bogotá e Santiago, tiveram como objetivo reforçar as relações sanitárias, regulatórias e comerciais com os dois países.

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Durante as reuniões na Colômbia, os representantes brasileiros encontraram-se com a vice-ministra da Agricultura, Geidy Ortega, e com a gerente-geral do Instituto Colombiano Agropecuário (ICA), Paula Andrea Cepeda Rodríguez. Além disso, o embaixador do Brasil, Paulo Estivallet de Mesquita, o adido agrícola Clóvis Serafini e técnicos do Invima, autoridade sanitária local, também participaram das discussões.

Colômbia abre mercado para produto brasileiro

Como resultado direto dos encontros, foi confirmada a abertura de mercado colombiano para farinha de sangue bovino. Essa conquista reforça o papel do Brasil como um importante fornecedor global de produtos agropecuários.

Com a nova autorização, o agro brasileiro chega a 471 aberturas de mercado desde o início de 2023. A Colômbia, que tem cerca de 52 milhões de habitantes, apresenta um grande potencial de consumo, já que mais da metade dos lares possui animais de estimação. Assim, a medida amplia as oportunidades para a venda de insumos proteicos usados na nutrição animal.

Em 2024, o Brasil exportou US$ 863 milhões em produtos agropecuários para a Colômbia. Dessa forma, o país reforça sua posição como um dos principais destinos das exportações brasileiras na região.

Chile avança em cooperação técnica e sanitária

No Chile, a comitiva contou com o apoio do adido agrícola Rodrigo Padovani. As reuniões envolveram a ministra da Agricultura, Ignacia Fernández, o embaixador do Brasil, Paulo Roberto Soares Pacheco, e representantes do Serviço Agrícola e Pecuário (SAG). Além disso, o grupo conversou com importadores de carnes, ovos, produtores de vinho e membros do Instituto Pensar Agro Chile.

As discussões avançaram em temas considerados prioritários, como o reconhecimento do Acre e de Rondônia como zonas livres de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica. Também foram abordadas questões sobre regionalização da exportação de carne de aves, certificação eletrônica para bebidas e proteínas animais e atualização do certificado fitossanitário para o mamão papaia.

Além disso, os países reforçaram o interesse em ampliar a cooperação técnica em zoneamento agrícola, com foco em eficiência produtiva e redução de perdas no campo.

Compromisso com o fortalecimento do agro brasileiro

Como parte do diálogo contínuo, Brasil e Chile decidiram realizar uma nova rodada técnica no início de 2026. O objetivo é acompanhar os avanços das prioridades estabelecidas durante a missão.

Nos últimos cinco anos, os dois países ampliaram significativamente o comércio agropecuário, o que fortaleceu o intercâmbio bilateral e o alinhamento em temas sanitários. Além disso, a missão reafirma o compromisso do Mapa com a expansão e a diversificação do acesso a mercados internacionais.

Com essa iniciativa, o Brasil consolida o reconhecimento da qualidade e da segurança de seus produtos, fortalecendo a competitividade do agro nacional e ampliando a presença do país nos principais destinos da América Latina.

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