Em 2022, o Brasil registrou uma grande alta no preço dos alimentos. Para 2023, o cenário não será muito diferente, ainda mais com a guerra entre Rússia e Ucrânia, gerando impacto nas exportações e importações.
Para a professora mestra do curso de Administração do Centro Universitário Cesuca, Deisi Diel Weber, após um 2022 cheio de desafios e com o aumento, principalmente, nos preços dos fertilizantes, que registraram até 125% de variação, neste ano a perspectiva é de crescimento na produção. Devido à elevação na área plantada, estimado em 76,8 milhões de hectares da atual safra, equivalente a 3,3 ou de 2,49 milhões de hectares sobre a área da safra 2021/22.
O Brasil segue mantendo a posição de líder mundial na exportação das carnes de frango e bovino, e de o quarto maior exportador do mundo da carne suína.
“Em 2023, o país deve aumentar as vendas externas das três carnes. As exportações mundiais de carnes deste ano, devem chegar perto dos 37 milhões de toneladas. A previsão é de que o Brasil responderá por cerca de 25% desse volume”, analisa.
De acordo com Weber, no ano passado, o Brasil também se manteve como o maior produtor mundial de açúcar. Com mais de um terço da produção do planeta e como o maior exportador mundial, com 25 milhões de toneladas, equivalentes a 33,1% do total. O segundo maior produtor foi a Índia com 17,1% (2021) que, somada ao Brasil, ultrapassaram a metade da produção mundial.
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Na produção de café (em grãos), em 2021, o Brasil liderou com 32% do mercado internacional, ou 3,4 milhões de toneladas, responsável por mais de um quarto (27,9%) das exportações mundiais de café. Comercializando 2,2 milhões de toneladas, melhorando a sua participação relativa dos últimos dois decênios neste mercado.
Por outro lado, em virtude das circunstâncias do mercado global, o que pode acontecer é que o valor destes produtos caia durante o ano, de acordo com Deisi. “Assim manteremos altos volumes de exportação de alimentos, mas talvez não com os mesmos retornos obtidos durante o ano que passou”, pontua.