Variações nos preços refletem colheita da segunda safra e comportamento da demanda por tipo e qualidade
Na terceira semana de maio, os preços dos feijões apresentaram comportamentos distintos, segundo levantamento do Cepea em parceria com a CNA. As variações refletem o avanço da colheita da segunda safra e a dinâmica da demanda de acordo com os diferentes padrões de qualidade.
Pesquisadores do Cepea destacam que, embora tenha havido quedas, elas foram menos intensas, o que pode indicar que os valores chegaram a um patamar mínimo considerado aceitável pelos vendedores.
Para o feijão carioca, a demanda enfraquecida provocou recuos nos preços, especialmente nos estados de Goiás, Bahia e Rio Grande do Sul.
Já no caso do feijão preto, a procura mais aquecida ajudou a sustentar os valores. Além disso, produtores estruturados decidiram armazenar os lotes, aguardando possíveis valorizações.
Em relação à colheita, a primeira safra está praticamente finalizada, com 97% da área colhida até o dia 17 de maio, segundo dados da Conab.
Na segunda safra, os trabalhos se concentram principalmente na região Sul do País, onde cerca da metade da área cultivada já foi colhida. No entanto, pesquisadores do Cepea indicam que chuvas recentes interromperam temporariamente as atividades na região.