Exportação de feijão atinge recorde, mas menor demanda no Brasil enfraquece preços
Feijão brasileiro alcança recorde histórico de exportações, porém mercado interno sofre com menor demanda e preços em queda
Exportação de feijão bate recorde histórico, mas mercado interno segue com demanda fraca. Foto: Freepik
A exportação de feijão atingiu novos recordes no Brasil, tanto no resultado mensal quanto no acumulado de 12 meses. De acordo com pesquisadores do Cepea, o Mato Grosso se consolidou como o principal fornecedor do produto exportado. O destaque vai para variedades diferentes das consumidas no mercado interno.
Por isso, o avanço das exportações não impactou diretamente a oferta e os preços do feijão carioca e do feijão preto no país. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou 85,4 mil toneladas de feijões em setembro, o maior volume mensal já registrado pela Secretaria.
Entre janeiro e setembro de 2025, as exportações somaram 361,9 mil toneladas, superando o total de 2024, que foi de 343,6 mil toneladas. Além disso, no acumulado de 12 meses, o volume atingiu 488,4 mil toneladas, um recorde histórico para o setor.
No mercado interno, contudo, a liquidez do feijão carioca permaneceu baixa em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. O interesse de compra diminuiu, o que reduziu o ritmo das negociações e enfraqueceu os preços. Além disso, parte dos lotes apresentou qualidade inferior, o que ampliou a pressão sobre os valores.
Quanto ao feijão preto tipo 1, pesquisadores do Cepea informam que, após a forte valorização de setembro, o mercado registrou leves quedas. A reposição segue mais lenta, e a demanda, estabilizada.
Leia também
Mais lidas
