Aumento da oferta pressiona cotação do feijão de qualidade comercial, mesmo com recuo na produção total em estados como o Paraná
A colheita do feijão avança com força nas principais regiões produtoras do país e continua pressionando os preços do produto comercial. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto os grãos de maior qualidade ainda mantêm certa estabilidade em algumas praças, os feijões comerciais enfrentam desvalorização diante da ampliação da oferta e da baixa liquidez no mercado.
No Paraná, de acordo com o Deral/Seab, 96% da área da segunda safra já havia sido colhida até 23 de junho. A produção estadual foi estimada em 526,6 mil toneladas, representando uma queda de 23% em relação ao ciclo anterior. No entanto, o volume da primeira safra registrou crescimento expressivo de 102%, somando 338,1 mil toneladas, o que ajuda a sustentar a disponibilidade de grãos no estado.
Em Minas Gerais, 15% da área da segunda safra já foi colhida, enquanto o plantio da terceira safra está próximo do fim, com relatos de pressão da mosca branca. Já na Bahia e em Goiás, as lavouras seguem em bom desenvolvimento, com a colheita avançando principalmente no Leste Goiano e no Vale do Araguaia.