Produção de energia a partir de resíduos se consolida como alternativa estratégica para reduzir emissões e fortalecer a sustentabilidade no país
O Brasil atingiu um novo marco na geração de energia limpa com base em resíduos orgânicos. Em março de 2024, dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontaram 568 usinas de biogás em operação no país, incluindo seis plantas de biometano regulamentadas. O avanço consolida o biogás como peça-chave da transição energética e da economia circular brasileira.
Nos últimos anos, o setor tem mostrado forte crescimento, com aumento da capacidade instalada e diversificação das fontes de matéria-prima, como resíduos agrícolas, industriais e urbanos. Além de reduzir emissões de gases de efeito estufa, o biogás contribui para a gestão adequada de resíduos e a geração de renda em comunidades rurais e urbanas.
O modelo brasileiro vem ganhando reconhecimento internacional por associar inovação tecnológica e compromisso ambiental. Além do cumprimento das exigências legais, diversos projetos já incorporam práticas voluntárias de restauração ambiental, eficiência energética e agricultura regenerativa.
A cadeia do biogás também se conecta com as novas exigências de sustentabilidade no mundo corporativo. Relatórios ESG cada vez mais exigentes e a valorização de indicadores ambientais nas decisões de investimento colocam a bioenergia como um dos pilares do futuro da matriz energética.