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IPCA-15 avança 0,36% em maio, com alimentos entre os principais destaques de alta

Inflação desacelera, mas alimentos seguem pressionando o bolso

IPCA-15 avança 0,36% em maio, com alimentos entre os principais destaques de alta

Foto: Canva

Foto do autor Redação RuralNews
28/05/2025 |

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,36% em maio, abaixo dos 0,43% registrados em abril. Mesmo com a leve desaceleração, a inflação segue pressionada por aumentos expressivos em alimentos essenciais, com forte ligação ao agronegócio. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,40%, reflexo direto da elevação nos custos de itens da cesta básica e de produtos in natura.

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O grupo Alimentação e bebidas apresentou alta de 0,39% no mês, com forte peso da alimentação no domicílio, que teve variação de 0,30%. Entre os itens que mais impactaram o orçamento das famílias está a batata-inglesa, com alta expressiva de 21,75%. Também subiram a cebola (6,14%) e o café moído (4,82%), este último acumulando uma impressionante alta de 83,2% nos últimos 12 meses, impulsionado por fatores como a redução de oferta e os impactos climáticos nas regiões produtoras.

Apesar de alguns produtos em queda, como o tomate (-7,28%), o arroz (-4,31%) e as frutas em geral (-1,64%), o conjunto dos alimentos ainda exerce forte influência sobre o IPCA-15. As quedas, inclusive, refletem oscilações típicas de entressafra e ajustes no abastecimento de curto prazo, o que reforça a volatilidade dos preços agropecuários.

A alimentação fora do domicílio, que cresceu 0,63%, também contribuiu para o resultado do índice. O lanche teve alta de 0,84% e a refeição, de 0,49%. Essa alta é reflexo do aumento dos custos com insumos alimentares em bares, lanchonetes e restaurantes, que repassam os reajustes para o consumidor final.

A influência do setor agropecuário na inflação não se limita aos alimentos in natura. A carne bovina, por exemplo, teve aumentos significativos nos principais cortes ao longo dos últimos 12 meses: acém (28,27%), alcatra (25,98%), patinho (25,41%), contrafilé (24,17%) e filé-mignon (23,83%). A alta dos preços reflete tanto a oferta mais restrita quanto os custos de produção elevados.

A tangerina, com aumento de 32,84% em 12 meses, também ilustra como variações de safra e clima afetam o preço final ao consumidor. Esses dados reforçam a importância de estratégias de gestão e monitoramento de preços no agronegócio, uma vez que oscilações nesse setor impactam diretamente a inflação e o poder de compra das famílias.

Além dos alimentos, outros componentes que influenciaram o índice foram a energia elétrica residencial, que subiu 1,68% em maio, representando o maior impacto individual no IPCA-15. Esse aumento eleva os custos para os produtores rurais e para a população em geral, afetando diretamente a cadeia produtiva do agronegócio.

No cenário regional, Goiânia registrou a maior variação do índice, 0,79%, motivada principalmente pela alta nos preços dos combustíveis, com o etanol subindo 11,84% e a gasolina 4,11%, fatores que encarecem o transporte e a logística do setor agropecuário. Por outro lado, Curitiba apresentou a menor alta, 0,18%, influenciada por quedas nos preços da passagem aérea e em frutas.

TAGS: #IPCA # IPCA-15
# Alimentos # Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
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Editor RuralNews
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