INÍCIO AGRICULTURA Economia

Em um ano de lockdown, agronegócio, consumo e varejo foram destaques no Sul

O crescimento foi favorecido pela demanda de grãos e alimentos, aumento da produtividade e desvalorização do câmbio local

Durante este um ano de lockdown, ação imposta pelo governo para diminuir a disseminação da covid-19 no país, o agronegócio foi o vetor de crescimento no Sul do país favorecido pela demanda de grãos e alimentos, aumento da produtividade e desvalorização do câmbio local. Esse é um dos apontamentos feito pelo sócio-líder da região Sul da KPMG, João Panceri, que também indica os setores de consumo e varejo como segmentos que se mantiveram em alta no mesmo período e com boa perspectiva de crescimento este ano, por meio do aumento nos investimentos em digitalização, implantação de novos modelos de negócio e a busca pela melhor experiência do consumidor. Em março, o país completa um ano da implantação do lockdown após do início da pandemia da covid-19.
"Em um ano de lockdown, o setor de agronegócio cresceu como um todo. No Paraná, por exemplo, as cooperativas agrícolas ultrapassaram em 10% a meta de faturamento, estipulada em R$ 100 bilhões. Já em Santa Catarina, o agronegócio respondeu por 70% das exportações do estado no ano passado. Apenas o Rio Grande do Sul teve uma queda de 16% nas exportações relacionadas ao agro. Além disso, a expectativa também é de crescimento para este ano na região", analisa.


Segundo o sócio-líder da Região Sul da KPMG, nas capitais e nas grandes cidades do Sul, as medidas de lockdown foram mais severas do que no interior, fazendo com que as empresas adotassem o sistema de home office com mais ênfase. De acordo com Panceri, mesmo diante desde cenário, o Sul brasileiro foi a região que liderou a criação de empregos formais no ano passado, com mais de 85 mil novas vagas. "Os estados do Paraná e Santa Catarina tiveram saldos positivos com cerca de 53 mil novas vagas. Para este ano, a tendência é manter a recuperação na criação de empregos formais", complementa.


Já o sócio de clientes e mercados da Região Sul pela KPMG, Aldo Macri, aponta que, na região Sul, os setores de internet e tecnologia foram os mais ativos em relação aos processos de fusões e aquisições, no ano passado, representando cerca de 40% do volume de transações realizadas no país. Ele também chama a atenção para o setor de energia que vem recebendo investimentos significativos, principalmente, em energias renováveis como solares, eólica e hidrelétrica.


Por fim, Macri faz uma análise sobre a indústria de manufatura na Região Sul. Segundo ele, o segmento sofreu com os impactos da covid-19, necessitando realizar maiores manobras para reduzir gastos de todos os tipos, devido aos momentos de parada e baixa produção.


"Para ter uma ideia, a produção industrial no Rio Grande do Sul caiu 5,4%, no ano passado, em Santa Catarina, a redução foi de 4,4% e no Paraná foi de 2,6%. Com a retomada, há falta de matéria-prima importada para alguns segmentos, impedindo uma retomada mais acentuada para cobrir as perdas da crise. Para este ano, vislumbram-se iniciativas de redução de custos, a busca por maior produtividade e por melhorias na cadeia de suprimentos. A transformação da indústria com a criação de novos modelos de negócio pautados em criação de novos serviços também será tendência", finaliza. 

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