No segundo trimestre de 2025, os grandes bancos privados brasileiros surfaram ondas de lucro robusto — alguns, inclusive, com recordes históricos. Já o Banco do Brasil, coitado, tropeçou na própria perna
Os números não mentem, mas às vezes revelam mais do que se gostaria. No segundo trimestre de 2025, os grandes bancos privados brasileiros surfaram ondas de lucro robusto — alguns, inclusive, com recordes históricos. Itaú, Bradesco, Santander e BTG mostraram fôlego de atleta olímpico. Já o Banco do Brasil, coitado, tropeçou na própria perna: um tombo superior a 60% nos ganhos, caindo de R$ 8,97 bilhões para R$ 3,03 bilhões em apenas um ano. Foi o pior desempenho desde 2018 e um vexame que o empurrou para a lanterna entre os cinco maiores.
A explicação oficial é aquela ladainha mal ensaiada: inadimplência crescente entre empresas e clientes em geral, além do atraso no pagamento de empréstimos do agronegócio. Mas eis o detalhe que causa estranheza: todos os bancos privados estão submetidos às mesmas condições da economia brasileira — inflação, juros altos, desaquecimento do crédito — e, mesmo assim, apresentaram lucros sólidos. Como é que apenas o Banco do Brasil afunda nesse cenário?
Talvez a diferença não esteja na conjuntura, mas no velho DNA da esquerda em lidar com estatais: quando não estão aparelhadas, estão sendo usadas como balcão de favores; quando não servem de cabide de emprego, funcionam como caixa de campanha.
E convenhamos: estamos em ritmo de campanha. Não é preciso ser vidente para imaginar que concessões de crédito do Banco do Brasil merecem lupa. O lucro encolheu drasticamente, mas o que terá inflado no caminho? O mercado está em polvorosa porque percebeu que a conta não fecha — e, quando ela não fecha, sempre sobra para o contribuinte.
E aqui está a proeza: conseguiram fazer até a joia da coroa das estatais — um banco sólido, estruturado, respeitado no mercado — entregar um resultado desastroso. É quase um milagre, mas um milagre às avessas: transformar o que deveria ser sinônimo de solidez em motivo de preocupação. Como se costuma dizer, até um banco mal administrado costuma dar lucro; mas sob a batuta petista, até essa máxima é posta à prova.
Não se trata de um caso isolado. Os Correios, à beira da falência, resistem apenas porque são sustentados pelo cofre da União. Outras estatais, ano após ano, acumulam prejuízos como se fosse marca de identidade. O Banco do Brasil ainda não entrou no vermelho, mas sua performance neste trimestre já soa como um alerta em letras garrafais: a incompetência gerencial do lulopetismo é capaz de corroer até os pilares mais sólidos do sistema financeiro nacional.
O resultado medíocre do Banco do Brasil tornou-se mais um retrato da gestão petista.