Mais um dia de "gangorra" do mercado de commodities. Após subirem no pregão de ontem, hoje, todas caíram em uníssono na CBOT. Começando com o complexo da soja, a cotação do farelo caiu -1%; o grão caiu -0,43% e o óleo, -0,31%.
Apesar de uma perspectiva de melhora na parte da demanda vinda da China, o complexo da soja sofre hoje com uma valorização do cambio frente ao real. Também houve a reunião do conclave chinês, que trouxe algumas perspectivas para o mundo que podem ter somado para a derrubada das commodities nesta terça-feira (5).
Quedas ocorrem após dois pregões com dados positivos
Apesar do partido que domina o país colocar a meta de crescimento em 5% do PIB, o mercado por lá parece não ter comprado a ideia, entendendo apenas como palavras vazias, uma vez que não foi definido um plano de como se atingir essa meta. No comunicado também há um plano para redução da dependência da importação de grãos, principalmente da soja.
O trigo caiu -2,46% e ajudou a impulsionar a queda do milho, que encerrou o dia com -0,55%.Na B3, os contratos do milho subiram: os dois primeiros vencimentos encerraram o dia com uma apreciação de +0,80%.
Macroeconomia
As bolsas, sumariamente, fecharam em queda ao redor do globo. Começando pela China, o mercado por lá parece não ter comprado a projeção de 5% para o PIB, Shanghai subiu apenas +0,28% enquanto Hang Seng caiu -2,8%.
Na Europa, o dia foi misto, com Euro Stoxx 50 caindo -0,44% e a bolsa italiana subindo +0,71%.Nos EUA, a terça-feira foi de queda para as duas principais bolsas: o SP 500 caiu -0,95% e a Nasdaq caiu -1,62%, com o setor de tecnologia puxando o bonde. A Apple caiu -2,84% vendo suas projeções de venda diminuírem, por perder espaço no seu maior mercado, a China. Por lá, os reguladores dificultam a compra a compra desses aparelhos, alegando possível espionagem dos EUA, inclusive proibindo que funcionários de repartições públicas os usem.
No Brasil, o dia foi mais tranquilo, e o índice Ibovespa ficou oscilando próximo do fechamento de ontem.
Sobre o autor
Sócio da Granoeste Investimentos desde 2016, graduado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e MBA em Inteligência Financeira pela Universidade Positivo.
Especialista em renda variável de mercados globais e nacionais.
Correspondente Bancário FBB100
Profissional credenciado junto a CVM como Agente Autônomo de Investimentos.