INÍCIO AGRICULTURA Commodities

China libera a importação de trigo argentino

Mercado teme que isto possa se estender para a liberação da compra de milho
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- Especial para Rural News
Publicado em 29/01/2024

A semana começou com mais quedas para os grãos em Chicago. A soja renovou as mínimas abaixo dos U$12/bu e encerrou cotada a U$11,94/bu (-1,2%), as recentes quedas encontram apoio em alguns fatores fundamentalistas, sendo a principal delas a baixa demanda chinesa. Outro ponto que também corrobora é a perspectiva de uma excelente safra na Argentina, na casa dos 52,5 MT.

Por lá o milho também encerrou o pregão no campo negativo, caindo 6 cents/bu (1-3%), com isso o milho confirma um rompimento falso da resistência na região de U$4,50/bu. Um fator que tem vínculo com esta queda é a liberação de importação de trigo da Argentina pela China.
Compra de trigo da Argentina pela China acende sinal de alerta no Brasil
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O mercado entende que isto possa se estender para uma liberação de importação do milho. Ponto que é muito estressante para o mercado americano que ainda tem muito volume a negociar e dificuldade em ser mais atrativo que as demais origens. A liberação desencadeou uma queda no trigo americano, que encerrou o pregão com em baixa, a 6,75 cents/bu (-1,02%), o contrato que já vinha sofrendo com uma demanda mais fraca, agora conta também com este fator que deve retirar ainda mais demanda dos EUA.
Na bolsa brasileira, o contrato de milho com vencimento março também não teve um dia fácil! Estimulado por essas quedas no exterior e falta de demanda no mercado interno, o milho encerrou o pregão com uma queda de R$1,30 por saca (-1,99%), cotado a R$ 64,13. Outro fator que impulsionou a queda do milho aqui foi uma melhora na perspectiva climática, que favorece o plantio do milho safrinha.

Falando sobre a macroeconomia, vimos um dia calmo para as bolsas ao redor do mundo. Na sexta-feira será publicado o relatório de empregos Payroll e várias decisões de taxas de juros ao redor do globo. No mercado, asiático a principal manchete foi a ordenação de liquidação da gigante incorporadora chinesa Evergrande.
Apesar da notícia ter um que de negativismo, o mercado por lá não reagiu tão mal, acredita-se que agora o governo deva incorporar as operações da empresa e dar seguimento aos empreendimentos inacabados. Isso poderia reestimular o setor e trazer mais confiança ao consumidor chinês. Em resumo, Shangai fechou com uma queda de -0,92%, enquanto Hang Seng subiu 0,84%.

Na Europa as bolsas fecharam neutras, muito próximas ao 0x0.Para os EUA, os ativos de risco mais uma vez registraram novas máximas históricas, tivemos o SP 500 subindo +0,58% e a NASDAQ subindo +0,95%.Enquanto isso, no Brasil vemos o nosso principal índice acionário se encaminhando para o fechamento com uma queda de -0,47%.


Sobre o autor

Sócio da Granoeste Investimentos desde 2016, graduado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e MBA em Inteligência Financeira pela Universidade Positivo. Especialista em renda variável de mercados globais e nacionais. Correspondente Bancário FBB100 Profissional credenciado junto a CVM como Agente Autônomo de Investimentos.
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