Mercado de CBIOs mantém equilíbrio, aponta Itaú BBA
Consultoria prevê metas estáveis para 2026 e destaca queda nos preços, desaceleração nas negociações e estoques ainda elevados no sistema
Relatório aponta equilíbrio entre oferta e demanda de CBIOs e projeta estabilidade para 2026. Foto: Canva
O Itaú BBA aponta que a geração de CBIOs segue em ritmo mais lento, mas ainda consistente. Em outubro de 2025, o mercado registrou nova desaceleração, porém manteve o volume acumulado acima do observado em 2024. Ainda assim, o equilíbrio entre oferta e demanda continua sendo o cenário-base da consultoria.
Segundo o relatório, o estoque total de CBIOs no mês somou 35,79 milhões, alta de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar desse avanço, a emissão perdeu força, o que é esperado para o fim do ano. Esse movimento costuma ocorrer por conta da sazonalidade do setor, especialmente porque as usinas reduzem o ritmo após o pico da moagem.
O Itaú BBA explica, porém, que o mercado não indica risco imediato de escassez. Isso ocorre porque as distribuidoras ainda precisam cumprir uma meta individual elevada, projetada em 49,4 milhões de CBIOs, já que o saldo não cumprido do ciclo anterior — 10,7 milhões de títulos — entrou na conta. Além disso, os abatimentos regulatórios somam 1,7 milhão de CBIOs e ajudam a suavizar o impacto.
A consultoria reforça que, mesmo com a desaceleração, a tendência é de estabilidade ao longo de 2025. Para 2026, o cenário pode ser mais robusto, impulsionado pela recuperação do consumo de etanol e pela continuidade da produção de biodiesel. Caso a oferta de etanol de cana cresça ou o país avance para o B16, o aumento poderá ser ainda maior.




