Sou de Algodão lança política de adesão do SouABR no Congresso Internacional da Abit

O movimento Sou de Algodão lançou oficialmente, nos dias 29 e 30 de outubro, a Política de Adesão do programa SouABR durante o Congresso Internacional da Abit, em São Paulo. O evento marcou um novo capítulo na trajetória do movimento, que busca fortalecer o elo entre o campo, a indústria e o consumidor por meio de uma moda mais responsável e rastreável.

O lançamento ocorreu no Espaço Sou de Algodão, estande do movimento no evento. No local, o público pôde conhecer mais sobre o programa, entender como funciona a rastreabilidade e conferir as ações que aproximam o setor produtivo das marcas e dos consumidores. Além disso, vídeos, materiais informativos e cases de sucesso reforçaram o avanço do algodão sustentável brasileiro.

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Moda consciente e rastreabilidade em evolução

Desde o início dos anos 2000, a trajetória do Sou de Algodão vem sendo construída com base em transparência e inovação. Em 2004, o setor lançou o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), que iniciou o processo de rastreabilidade da fibra nacional. Com o passar do tempo, surgiram novas etapas, como o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), em 2012, certificação que reconhece boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas fazendas produtoras.

Em 2016, nasceu o Sou de Algodão, movimento que ampliou o diálogo entre campo, moda e consumidor. A partir daí, o engajamento de marcas e indústrias cresceu de forma constante. Em 2019, a rastreabilidade ganhou reforço com a adoção da tecnologia blockchain, que garantiu transparência total entre a produção e a indústria.

Dois anos depois, em 2021, foi criado o programa SouABR, conectando o algodão rastreável diretamente a marcas e confecções. Atualmente, o programa contabiliza mais de 578 mil peças produzidas com algodão rastreável, em parceria com 19 indústrias têxteis e marcas como Calvin Klein, CA, Dudalina, Renner, Reserva e Youcom.

Durante a São Paulo Fashion Week N60, realizada em 17 de outubro, o movimento apresentou o desfile Trajetórias. A ação reuniu seis estilistas parceiros e trouxe 36 looks all black feitos com algodão rastreável — uma celebração da moda feita com propósito e consciência.

Expansão da política de adesão fortalece o movimento

Com o lançamento da nova Política de Adesão do SouABR, o movimento Sou de Algodão avança em direção à expansão da moda sustentável. Dessa forma, o programa oferece às marcas um modelo estruturado de engajamento e reconhecimento, consolidando o Brasil como referência em moda responsável.

“Nosso objetivo é ampliar o alcance do SouABR, convidando novas marcas e indústrias para essa cadeia de valor transparente. A política de adesão traz clareza sobre critérios, responsabilidades e benefícios, fortalecendo a relação entre o algodão brasileiro e o consumidor final”, explica Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais e gestora do movimento.

O presidente Gustavo Piccoli complementa: “Queremos que cada marca participante se torne um agente de conscientização sobre o impacto positivo do algodão responsável no meio ambiente e na economia. Assim, fortalecemos toda a cadeia produtiva”.

Espaço Sou de Algodão promove integração no congresso

Durante o congresso, o Espaço Sou de Algodão funcionou como ponto de encontro para profissionais e representantes da cadeia têxtil. Por isso, o local serviu para apresentar as práticas de rastreabilidade e sustentabilidade aplicadas no setor, além de promover diálogo entre marcas e produtores.

Para Fernando Pimentel, diretor superintendente e presidente emérito da Abit, o movimento é um exemplo de união do setor. “O Sou de Algodão valoriza o que é produzido no Brasil e o trabalho de quem transforma a fibra em qualidade e propósito. Essa é uma iniciativa que une sustentabilidade, inovação e orgulho nacional”, afirmou.

Sobre o Sou de Algodão

Criado em 2016, o movimento Sou de Algodão incentiva o consumo consciente e valoriza os profissionais da cadeia têxtil. Além disso, divulga o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que certifica 83% da produção nacional e segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos. Assim, o movimento reforça o compromisso do Brasil com uma moda mais ética, sustentável e rastreável.

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