Agricultura familiar
02-05-2021 | 21:43:00
Por: Governo do Estado do Parana
Governo comemora um ano do Banco de Alimentos da Ceasa Paraná
Projeto permite que 640 toneladas de alimentos sem padrão de comercialização, mas com qualidade para consumo, sejam distribuídas a 348 entidades e famílias por mês. A unidade de Curitiba também festejou a arrecadação de 60 toneladas para a campanha nacional de combate à fome Ceasa Amiga.
Por: Governo do Estado do Parana
Participam do projeto as cinco unidades da Ceasa no Estado: além de Curitiba, as de Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina. Somente em Curitiba, atualmente são 360 toneladas de alimentos processados por mês - sete vezes mais que no início da iniciativa. Entre as entidades que recebem esses produtos estão orfanatos, creches, hospitais públicos, asilos e famílias em situação de insegurança alimentar.
“O Paraná é um dos maiores produtores de alimentos por metro quadrado do mundo. Não podemos admitir gente passando fome”, disse o governador na solenidade, realizada na Ceasa Curitiba. “Esse é um projeto do qual a gente tem muito orgulho porque, além da preocupação social, ele também evita o desperdício de alimentos”. “São 40 mulheres que fazem esse trabalho de cuidado e higienização do alimento, embalado a vácuo e congelado. Como resultado, estamos falando de 30 carretas de alimentos por mês que eram jogadas fora e hoje beneficiam centenas de famílias e de entidades”, acrescentou.
O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, reforçou o aspecto social e de solidariedade do Banco de Alimentos. “Na nossa sociedade, tão desigual, é de chorar que a gente perca alimentos e não socorra quem precisa. Essa ação é fruto de uma visão estratégica, e nos permite higienizar e fazer um processamento industrial para guardar alimentos e entregá-los às famílias que precisam”, destacou. A importância do trabalho para combater a fome durante a pandemia foi ressaltada pela gerente do Banco de Alimentos na unidade de Curitiba, Jaqueline Macedo. "Neste ano, contamos com uma equipe de trabalho que aumentou em sete vezes a nossa arrecadação. Ampliamos em mais de 30% a quantidade de pessoas atendidas na Capital, chegando hoje a mais de 60 mil por mês, com esse alimento que seria descartado”.
RESSOCIALIZAÇÃO – Além da nutrição e segurança alimentar para famílias vulneráveis, o Banco de Alimentos Comida Boa também promove a ressocialização de mulheres presas, que integram a equipe de processamento de alimentos. São cerca de 40 mulheres que colaboram na área da cozinha. “Sou muito grata a esse projeto porque só a partir de agora que a nossa família acredita que a gente quer recomeçar”, destacou Vanessa do Rocio de Lima Chagas, que há oito meses trabalha na Ceasa Curitiba. O processamento dos alimentos começa pela seleção e higienização dos alimentos que estão próprios para serem utilizados. Dependendo do vegetal, há um processo de branqueamento, que consiste em um choque térmico para preservá-los por mais tempo. Na sequência, passam à sua preparação, embalagem à vácuo, congelamento e distribuição. Entre os produtos finais estão cenoura, chuchu, abobrinha, manga, maracujá, molho de tomate, doce de goiaba, entre outros.
CEASA AMIGA – Além do primeiro aniversário do projeto, também foi comemorada a entrega de 60 toneladas de alimentos arrecadados pela unidade de Curitiba durante a campanha nacional contra a fome Ceasa Amiga, liderada pela Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). A ação contou coma parceria do Sindicato dos Permissionários da Ceasa Curitiba (Sindaruc). Hortifrutigranjeiros e cestas básicas foram doados, ao longo de toda a semana, por permissionários, atacadistas e produtores da região. O diretor presidente da Ceasa Paraná, Éder Bublitz, explica que essa foi a maior arrecadação já realizada pela instituição. “Já fizemos grandes campanhas, mas esse é o nosso recorde de arrecadação. Foram em torno de 60 toneladas de gêneros alimentícios, tanto em hortifrutigranjeiros, que é nosso grande volume e diferencial, como alimentos secos em geral, como arroz, feijão, farinha de trigo e café. Foi uma ação muito bonita, que vai atingir comunidades carentes de Curitiba e região metropolitana em um momento tão difícil como o que estamos passando”, disse.
As doações são destinadas a comunidades de Curitiba, Araucária e Antonina. Através da Central Única das Favelas (Cufa), serão abarcadas as comunidades da Vila Pantanal, da Caximba e a Central Cultural do Boqueirão, além da Federação das Associações de Moradores de Araucária (Feamar) e do município de Antonina. A ação contou com apoio da Defesa Civil, que disponibilizou dois caminhões para apoio na entrega dos alimentos.
PRESENÇAS – Compareceram ao evento a primeira-dama e presidente do Conselho de Ação Solidária, Luciana Saito Massa; o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; o prefeito de Antonina, Zé Paulo; o deputado estadual Alexandre Curi; o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Marcos Brambilla; o presidente do Sindaruc, Paulo Salesbram; e representantes das entidades que irão receber as doações: Central Única das Favela, Comunidade da Caximba, Vila Pantanal e de comunidades do município de Antonina e Litoral.