Tarifas dos EUA abrem espaço para avanço do agro brasileiro no mercado global
Com China e Europa em busca de novos fornecedores, exportações do Brasil podem ganhar fôlego
Por: Redação RuralNews
Com o redirecionamento da demanda global por produtos agrícolas e matérias-primas, países atingidos pelas medidas americanas já buscam novos fornecedores — e o Brasil surge como um dos principais candidatos para suprir essa lacuna.
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No caso de Mato Grosso do Sul, que colheu mais de 12 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24 e espera ultrapassar os 13 milhões na próxima temporada, o cenário pode ser particularmente promissor. O Estado reúne condições logísticas, qualidade produtiva e regularidade de fornecimento para atender mercados exigentes, como o chinês.
Mas o movimento também acende um sinal de alerta. De acordo com o analista econômico da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, o aumento da demanda traz junto um grau maior de dependência.
“Hoje, mais de 70% da soja exportada pelo Brasil vai para a China. Essa concentração representa um risco estratégico. É essencial buscar uma maior diversificação nas exportações”, afirma.
Além da Ásia, países europeus também ampliam o interesse por milho e farelo de soja para abastecer a pecuária e a indústria de biodiesel. Nesse contexto, o Brasil se destaca pelo volume de produção, histórico de entregas e taxa de câmbio favorável. No entanto, as exigências ambientais impostas pelo bloco europeu ainda representam um desafio.
“A rastreabilidade e as garantias de sustentabilidade são pré-requisitos que podem dificultar a entrada de parte da produção brasileira nesses mercados”, aponta Fernandes.
Outros setores, como o de carnes, mineração e siderurgia, também tendem a se beneficiar dos desdobramentos indiretos da política tarifária americana, ampliando ainda mais a participação brasileira no comércio exterior.
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Texto publicado originalmente em Notícias
No caso de Mato Grosso do Sul, que colheu mais de 12 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24 e espera ultrapassar os 13 milhões na próxima temporada, o cenário pode ser particularmente promissor. O Estado reúne condições logísticas, qualidade produtiva e regularidade de fornecimento para atender mercados exigentes, como o chinês.

Exportações brasileiras ganham força com redirecionamento da demanda global provocado pelas tarifas dos EUA. Foto: Canva
Mas o movimento também acende um sinal de alerta. De acordo com o analista econômico da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, o aumento da demanda traz junto um grau maior de dependência.
“Hoje, mais de 70% da soja exportada pelo Brasil vai para a China. Essa concentração representa um risco estratégico. É essencial buscar uma maior diversificação nas exportações”, afirma.
Além da Ásia, países europeus também ampliam o interesse por milho e farelo de soja para abastecer a pecuária e a indústria de biodiesel. Nesse contexto, o Brasil se destaca pelo volume de produção, histórico de entregas e taxa de câmbio favorável. No entanto, as exigências ambientais impostas pelo bloco europeu ainda representam um desafio.
“A rastreabilidade e as garantias de sustentabilidade são pré-requisitos que podem dificultar a entrada de parte da produção brasileira nesses mercados”, aponta Fernandes.
Outros setores, como o de carnes, mineração e siderurgia, também tendem a se beneficiar dos desdobramentos indiretos da política tarifária americana, ampliando ainda mais a participação brasileira no comércio exterior.
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