Combustíveis 10-11-2025 | 16:08:00

StoneX prevê alta gradual na geração de CBIOs até 2026

Consultoria projeta avanço moderado em 2025 e impulsão mais forte em 2026, puxada pelo etanol e estabilidade no biodiesel

Por: Redação RuralNews

Avanço moderado em 2025

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Para 2025, a consultoria espera 43 milhões de CBIOs, alta de 1,4% frente a 2024. A expansão fica limitada porque a demanda por biocombustíveis deve crescer 2,5%, mas parte desse movimento vem do etanol de milho e do biodiesel, que geram menos créditos por volume produzido.
Estudo aponta avanço moderado na geração de CBIOs em 2025 e aceleração em 2026. Foto: Canva


Isabela Garcia, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, explica que a composição da oferta pesa no resultado. Ela cita a predominância do etanol de milho e o limite atual da mistura do biodiesel como fatores que impedem um salto maior.

Cenário mais favorável para 2026



Em 2026, o cenário melhora. A StoneX projeta 45,1 milhões de CBIOs, alta de 4,7% sobre 2025. A consultoria estima que o consumo de etanol cresça 6,2%, tanto no anidro quanto no hidratado. O biodiesel deve manter o patamar do B15.

A geração pode superar as projeções caso a produção de etanol de cana aumente ou se o país avance para uma eventual adoção do B16, o que ampliaria o volume de créditos.

Metas regulatórias e impacto nas distribuidoras



No campo regulatório, o CNPE fixou para 2025 uma meta de descarbonização de 40,39 milhões de CBIOs, queda de 5,1% em relação à proposta de 2023. Mesmo com essa redução, as metas individuais das distribuidoras somam 49,4 milhões de CBIOs. A ANP inclui no cálculo o saldo não cumprido do ciclo anterior, que chega a 10,7 milhões de créditos, e considera abatimentos de 1,7 milhão de CBIOs para distribuidoras que mantêm contratos de longo prazo com produtores certificados.

Para 2026, o cronograma preliminar do RenovaBio indica meta inicial de 48,1 milhões de CBIOs, o que sinaliza possível alta de 19% frente ao objetivo de 2025.

Emissão desacelera no fim do ano



A B3 registrou o depósito de 35,79 milhões de CBIOs até outubro de 2025, aumento de 1,8% sobre o mesmo período de 2024. Nos últimos meses, porém, o ritmo perdeu força. Segundo a analista, essa desaceleração é típica do fim do ano e costuma ocorrer por razões sazonais.

Além disso, Isabela Garcia avalia que o mercado caminha para um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda. Para ela, 2025 deve manter estabilidade, enquanto 2026 pode registrar avanço mais consistente caso as expectativas de produção se confirmem.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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