Produção do milho 2ª safra custa R$ 4,4 mil por hectare em Mato Grosso do Sul

Os insumos lideram os gastos. Fertilizantes respondem por 41,8% do total, o equivalente a 24,20 sacas/ha, seguidos por sementes (27,3%), com 15,80 sacas/ha, e inseticidas (9,8%), que somam 5,7 sacas/ha.
Além dos insumos agrícolas, a composição do custo inclui despesas com administração, assistência técnica, armazenagem, transporte, juros e depreciação de máquinas, além da remuneração do capital investido.

O levantamento também analisou a produção em áreas com rotação de cultura, onde o milho entra para amortizar os custos da soja. Neste modelo, o custo por hectare cai para R$ 3.278,83, ou 65,58 sacas. Mesmo assim, fertilizantes e sementes continuam sendo os principais responsáveis pelos custos, representando 70% do total, o equivalente a 40 sacas por hectare.

Segundo o economista da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, a rentabilidade do milho em sistema rotacionado é maior: “Com a soja amortizando parte do custo, o milho apresenta lucro de 15,42 sacas, enquanto o cultivo solteiro ultrapassa a média de produtividade estimada e resulta em prejuízo.”

Os valores são uma média estadual. A recomendação é que cada produtor avalie seus próprios números, considerando as características da propriedade.
Texto publicado originalmente em Notícias