Praga ameaça colmeias na Bahia e exige atenção dos apicultores

Originário da África, o inseto chegou ao Brasil em 2015. Ele se instala em colmeias de abelhas sem ferrão e se alimenta de mel e larvas. Embora a Bahia tenha registrado apenas um foco — no município de Conde, já controlado —, a ameaça continua presente. Por isso, a adoção de medidas preventivas se torna fundamental.



Como ainda não existe tratamento para essa praga, os produtores precisam investir em boas práticas de manejo. Para evitar infestações, é essencial manter colmeias fortes, com rainhas jovens, além de utilizar caixas padronizadas. Também é necessário retirar caixas velhas ou abandonadas do apiário, bem como eliminar restos de quadros e cera. Na entressafra, deve-se fornecer alimentos proteicos ou energéticos de procedência confiável.



O besouro costuma infestar colônias de abelhas Apis mellifera. Seu ciclo de vida é longo, e ele se espalha com facilidade, seja pelo voo, seja pelo transporte de colmeias contaminadas. Dessa forma, a compra de colmeias e rainhas deve ocorrer sempre com Guia de Trânsito Animal (GTA). Além disso, os apicultores precisam manter o cadastro das colmeias atualizado junto aos órgãos de defesa agropecuária.

Praga ameaça colmeias na Bahia e exige notificação obrigatória

A inspeção frequente das colmeias é essencial para identificar possíveis infestações. O besouro é marrom, mede cerca de um terço do tamanho de uma abelha e se movimenta rapidamente. Ao encontrá-lo, o apicultor deve armazená-lo em um frasco com álcool 70% ou congelar o material, caso não tenha álcool.

Em seguida, deve informar imediatamente à Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), já que a praga é de notificação obrigatória no Brasil.
Texto publicado originalmente em Notícias