Pirataria de sementes de soja gera prejuízo bilionário ao setor agrícola
Sementes piratas representam 11% da área cultivada no Brasil, afetando produtividade e competitividade do agronegócio
Por: Redação RuralNews
O levantamento aponta que a erradicação da pirataria de sementes poderia gerar uma receita adicional de R$ 2,5 bilhões para os agricultores, R$ 4 bilhões para o setor de produção de sementes, R$ 1,2 bilhão para a agroindústria de farelo e óleo de soja e R$ 1,5 bilhão para as exportações do agro.
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Além dos impactos econômicos diretos, a prática ilegal também compromete a arrecadação de impostos, com um prejuízo estimado de R$ 1 bilhão nos próximos dez anos. O presidente da CLB, Eduardo Leão, ressaltou a importância da semente certificada para garantir segurança alimentar e avanço tecnológico na agricultura.
A utilização de sementes sem certificação também agrava problemas fitossanitários, aumentando a incidência de pragas, plantas daninhas e doenças nas lavouras, além de contribuir para a propagação de espécies invasoras proibidas por lei.
Como parte dos esforços para coibir a pirataria, no final de 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a apreensão de 1,4 mil toneladas de sementes irregulares em Santiago (RS), com um valor estimado de quase R$ 20 milhões. Foi a maior apreensão desse tipo já registrada no país.
A entidade também coordena esforços com associações do setor, como a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) e a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), para reforçar o combate à prática ilegal. Além disso, desenvolve ações de conscientização junto ao governo e apoia a fiscalização, promovendo treinamentos para órgãos policiais.
A pirataria de sementes é um dos focos da campanha de Boas Práticas Agrícolas da CropLife Brasil, lançada no início de 2025. A iniciativa reforça a importância do uso de sementes certificadas para garantir produtividade, sustentabilidade e segurança para o agronegócio nacional.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Além dos impactos econômicos diretos, a prática ilegal também compromete a arrecadação de impostos, com um prejuízo estimado de R$ 1 bilhão nos próximos dez anos. O presidente da CLB, Eduardo Leão, ressaltou a importância da semente certificada para garantir segurança alimentar e avanço tecnológico na agricultura.

Sementes piratas trazem prejuízos bilionários para o setor agrícola e ameaçam a produtividade das lavouras. Foto: Getty Images
Impactos na produtividade e qualidade
Nos últimos 20 anos, a produção brasileira de soja cresceu quase duas vezes mais do que a expansão da área semeada. Enquanto o plantio aumentou a uma taxa média de 3,5% ao ano, a produção registrou um crescimento médio de 6%, resultado do investimento contínuo em tecnologia. O estudo revela que, na safra 2023/2024, a produtividade média foi de 59 sacas por hectare, mas o uso de sementes piratas gerou uma perda média de 17%, equivalente a quatro sacas por hectare.A utilização de sementes sem certificação também agrava problemas fitossanitários, aumentando a incidência de pragas, plantas daninhas e doenças nas lavouras, além de contribuir para a propagação de espécies invasoras proibidas por lei.
Situação crítica no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de soja do país, apresenta índices alarmantes de pirataria de sementes. No estado, a prática ilegal atinge um nível quase três vezes superior à média nacional, resultando em perdas anuais de R$ 1,1 bilhão. Segundo o levantamento, cada ponto percentual de semente certificada adquirida representa um incremento de quase 100 mil sacas comercializadas, gerando um faturamento adicional de R$ 40 milhões.Como parte dos esforços para coibir a pirataria, no final de 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a apreensão de 1,4 mil toneladas de sementes irregulares em Santiago (RS), com um valor estimado de quase R$ 20 milhões. Foi a maior apreensão desse tipo já registrada no país.
Medidas de combate à pirataria
A CropLife Brasil lidera iniciativas para combater a pirataria de insumos agrícolas e mantém um canal de denúncias para relatar irregularidades no mercado de sementes e defensivos. As informações recebidas são encaminhadas às autoridades competentes. Dados do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) indicam que o comércio ilegal de insumos agrícolas movimenta mais de R$ 20,8 bilhões ao ano no Brasil.A entidade também coordena esforços com associações do setor, como a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) e a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), para reforçar o combate à prática ilegal. Além disso, desenvolve ações de conscientização junto ao governo e apoia a fiscalização, promovendo treinamentos para órgãos policiais.
Como identificar sementes piratas
As sementes piratas geralmente são comercializadas sem embalagens adequadas, com informações incompletas ou inexistentes, e transportadas sem nota fiscal. O preço muito abaixo do mercado é outro indicativo de irregularidade. Já as sementes certificadas possuem embalagens invioladas, identificação do produtor, e são comercializadas com nota fiscal e certificado de conformidade.A pirataria de sementes é um dos focos da campanha de Boas Práticas Agrícolas da CropLife Brasil, lançada no início de 2025. A iniciativa reforça a importância do uso de sementes certificadas para garantir produtividade, sustentabilidade e segurança para o agronegócio nacional.
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