Mercado da soja segue firme antes de novo relatório do USDA

Mercado aguarda relatório do USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará na sexta-feira (14) o novo relatório de oferta e demanda global. O documento deve trazer novo corte na produção norte-americana de soja. A colheita já está praticamente concluída, e a produção estimada é de 116 milhões de toneladas, frente a 117,1 milhões no relatório anterior e 119 milhões no ciclo passado.

Apesar do ajuste na produção, os estoques finais dos EUA devem subir. O ritmo lento das compras chinesas explica essa alta. As previsões apontam 8,6 milhões de toneladas em estoque, acima das 8,2 milhões de setembro. A produtividade deve ficar em 59,5 sacas por hectare, um pouco abaixo da projeção anterior, mas ainda acima da média de 2024.

No cenário global, os estoques devem permanecer em 124 milhões de toneladas, próximos ao volume do ano passado. De acordo com a Granoeste, o mercado já se preparou para cortes moderados na produção de soja e milho. Por isso, se os números confirmarem as expectativas, os preços não devem registrar grandes variações.

Chuvas impulsionam o plantio no Brasil

No Brasil, o ritmo de plantio tende a aumentar com a regularização das chuvas em grande parte do Centro-Oeste e Matopiba. Mesmo assim, algumas áreas ainda enfrentam irregularidades climáticas, o que limita os trabalhos de campo.

Os prêmios nos portos brasileiros variam de 95 a 110 centavos por bushel no mercado spot, 10 a 70 para janeiro e de -15 a 10 para março. Já as indicações de compra estão entre R$ 130,00 e R$ 132,00 no oeste do Paraná e de R$ 140,00 a R$ 141,00 em Paranaguá. Os valores dependem do prazo de pagamento e do ponto de embarque.

Com o mercado internacional equilibrado e o clima mais favorável, a expectativa é de que os preços da soja permaneçam firmes no curto prazo. Produtores seguem atentos aos dados do USDA e ao comportamento das chuvas nas próximas semanas.
Texto publicado originalmente em Boletim de commodities