Irrigação 13-03-2024 | 11:47:00

Incentivos públicos anima fabricantes de irrigadores

Governo do RS vai liberar R$ 213,2 milhões em subvenção; inciativa privada prevê R$ 2 bi


Por: Redação RuralNews


A iniciativa, que integra a segunda etapa do programa Supera Estiagem, visa aumentar, em quatro anos, a área irrigada em 100 mil hectares, um incremento de 33% das principais culturas de sequeiro, como milho e soja. A meta é mitigar os efeitos da seca no Estado, aumentar a reservação de água e a irrigação (elevando a produtividade das culturas) e se aproximar da autossuficiência de grãos, principalmente do milho
Marco Sanchotene, sócio diretor da Sanchotene Agronegócio, de Dom Pedrito (RS), diz que o anúncio dos programas trouxe à tona novamente a pauta junto aos produtores.
Na última Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), lembra que o tema foi diversas vezes abordado em fóruns e reuniões durante a feira. “Temos notado uma ação unificada do governo, com Secretaria do Meio Ambiente [Sema], Secretaria de Agricultura, e o próprio governador, trabalhando na linha de desburocratizar o processo e fazer com que o produtor tenha acesso à irrigação”, avalia.
Sanchotene reforça que a área de sequeiro irrigada no Estado hoje é de cerca de 300 mil hectares. Com os programas de estímulo à irrigação a expectativa é de aumento da adoção de sistemas de irrigação também na Metade Sul, região onde os sistemas estão crescendo. “Haverá uma movimentação novamente no sistema dos negócios de irrigação. Nós tivemos durante a pandemia três anos espetaculares de venda de irrigação e a Metade Sul avançou muito. Hoje, a região tem um parque já instalado muito grande de pivôs. Quando nós falávamos desse assunto dez anos atrás, na Metade Sul não existia praticamente irrigação, hoje tem cerca de 50 mil hectares irrigados, inclusive com outros sistemas de irrigação entrando nas várzeas”, afirma.
Consulta pública
O empresário explica também que o produtor pode ajudar, inclusive participando de consulta pública aberta pela Sema sobre a modificação nos licenciamentos para irrigação. “A ideia é que os sistemas de irrigação nestas três formas, por aspersão, sulco ou gotejamento, não precisem mais do licenciamento, e que o foco seja na reservação de água. O impacto ambiental que existe é quando vai construir barragem ou açude. Superando essa etapa e tendo a outorga da água, não há necessidade nenhuma de licenciar os equipamentos. E isso é algo que travava muito o processo”, salienta, acrescentando que a expectativa é que no segundo semestre as novas regras sejam aprovadas.

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