FPA cobra revisão da lista de espécies da Conabio

Riscos para a aquicultura e agricultura

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), destacou que incluir a tilápia na lista pode inviabilizar toda a cadeia produtiva, uma vez que a Portaria do Ibama nº 145-N/1998 proíbe a reintrodução de espécies aquáticas classificadas como invasoras. Além disso, ele lembrou que a tilapicultura no Paraná abastece cooperativas e exporta proteína para o mercado internacional.

Outras espécies, como camarão vannamei, goiaba, manga, jaca, eucalipto e pinus, também enfrentam riscos. Lupion alertou que essas restrições podem afetar investimentos bilionários e comprometer empregos em diversos estados. Consequentemente, a medida pode prejudicar a economia regional e nacional.

Defesa do diálogo e revisão técnica

O ex-presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR), reforçou que o zoneamento previsto na minuta poderia limitar a produção de espécies essenciais em regiões estratégicas. Deputados de outros partidos, como José Medeiros (PL-MT) e Marussa Boldrin (MDB-GO), também criticaram a proposta e destacaram os riscos econômicos e técnicos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e entidades da aquicultura se posicionaram contra a medida. Segundo eles, a metodologia do ICMBio foi limitada e não considerou plenamente os interesses agropecuários. Assim, a FPA pede a suspensão da votação marcada para 8 de dezembro e propõe a criação de um grupo técnico interministerial para revisar a proposta com base científica. O objetivo é garantir equilíbrio entre conservação ambiental e produção agropecuária, protegendo empregos e investimentos no Brasil.
Texto publicado originalmente em Notícias