Exportações do agronegócio somam US$ 14,95 bilhões em setembro

Soja e milho puxam os embarques agrícolas

No setor da soja, o Brasil exportou 7,3 milhões de toneladas de grãos, alta de 20% em comparação a setembro do ano passado. A China respondeu por 92% do total embarcado. As vendas de farelo cresceram 19%, alcançando 2,1 milhões de toneladas, enquanto as de óleo caíram 27%, somando 64 mil toneladas. Apesar da queda em volume, o preço médio do óleo subiu 20%, chegando a US$ 1.149 por tonelada.

O milho também apresentou resultado expressivo. As exportações cresceram 18%, com 7,6 milhões de toneladasembarcadas. O preço médio ficou em US$ 201 por tonelada, 5% superior ao de 2024. Esses números reforçam a relevância dos grãos na balança comercial brasileira, mesmo diante de um cenário global de incertezas.

Carnes registram recordes históricos

O complexo de proteínas animais foi outro destaque. As exportações de carne bovina in natura atingiram 315 mil toneladas, o maior volume da série histórica, com alta de 25% sobre setembro de 2024. O preço médio também subiu 24%, chegando a US$ 5.617 por tonelada.

A carne suína registrou desempenho semelhante, com 134 mil toneladas embarcadas, avanço de 25% em volume e 3,3% em preço. Já a carne de frango cresceu 20% frente a agosto, totalizando 415 mil toneladas exportadas.

Entre os produtos do complexo sucroenergético, o etanol avançou 61% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações de açúcar bruto (VHP) caíram 16%. O relatório também apontou queda de 20% nas exportações para os Estados Unidos, reflexo das novas tarifas impostas pelo país.

No caso do café, o impacto foi ainda maior: as vendas diminuíram 47% em volume e 31,5% em receita.

De acordo com a Consultoria Agro do Itaú BBA, os resultados de setembro mostram que o agronegócio brasileiro continua resiliente, ampliando mercados e sustentando sua competitividade, mesmo em meio às tensões comerciais e à volatilidade global.
Texto publicado originalmente em Notícias