Economia 16-08-2025 | 6:46:00

CNA responde acusações dos EUA sobre comércio brasileiro

CNA responde acusações dos EUA e detalha tarifas, etanol e desmatamento, reforçando comércio justo e regras ambientais

Por: Redação RuralNews

Os americanos apontaram seis temas na investigação: comércio digital e pagamentos eletrônicos, tarifas preferenciais, práticas anticorrupção, propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal. Nesse contexto, a CNA focou em três desses pontos: tarifas preferenciais, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal. A defesa trouxe dados e fundamentos legais que comprovam a conformidade das políticas brasileiras e reforçam que o país segue regras internacionais.
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Tarifas Preferenciais

CNA apresenta defesa detalhada sobre tarifas, etanol e desmatamento, reforçando práticas comerciais brasileiras. Foto: CNA / Divulgação


O Brasil concede tratamento tarifário preferencial limitado, baseado em acordos compatíveis com o GATT e a OMC, como os firmados com México e Índia. Esses acordos representam apenas 1,9% das importações brasileiras e não prejudicam exportações americanas. Por isso, em comparação, os EUA mantêm acordos de livre comércio com 20 países. Consequentemente, segundo a CNA, não há discriminação contra os Estados Unidos.

Acesso ao Mercado de Etanol



Entre 2010 e 2017, o Brasil isentou o etanol dos EUA de tarifas. Posteriormente, a tarifa de Nação Mais Favorecida foi fixada em 18%, inferior à aplicada aos países do Mercosul (20%). Além disso, o programa RenovaBio recebe produtores estrangeiros que cumprem critérios técnicos e ambientais. Alegações de favorecimento à Índia e México não se sustentam diante dos volumes exportados. Da mesma forma, a CNA reforça a cooperação bilateral em bioenergia e combustíveis sustentáveis, evidenciando interesse em descarbonização global.

Desmatamento ilegal



O Brasil mantém legislação ambiental avançada, incluindo o Código Florestal e a Lei de Crimes Ambientais. Políticas como o PPCD reduziram o desmatamento. Além disso, ferramentas como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) garantem rastreabilidade e conformidade da produção. Assim, o país assegura que as práticas agropecuárias respeitam normas ambientais rigorosas.

A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, destacou que o agronegócio brasileiro depende do mercado internacional. “O Brasil se tornou grande exportador porque é produtivo e competitivo. Por outro lado, a investigação comprovará nosso compromisso com comércio justo, transparente e baseado em regras claras”, afirmou.

A manifestação foi protocolada junto ao Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR). Além disso, em setembro, a CNA participará presencialmente da audiência pública.

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CNA - Acusações - EUA - Comércio brasileiro - Desmatamento


Texto publicado originalmente em Notícias
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