Solos 04-11-2025 | 11:22:00

Aprosoja MT destaca sequestro de carbono na agricultura

Práticas como o plantio direto favorecem o sequestro de carbono na agricultura e ajudam a conservar o solo em Mato Grosso

Por: Redação RuralNews

Sustentabilidade e eficiência no campo

O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, estima que Mato Grosso deve semear 13,2 milhões de hectares de soja neste ano, com a segunda safra de milho cultivada na mesma área. Ele cita um estudo da ESALQ e da Embrapa que revela: áreas com plantio direto de soja seguido de milho sequestram, em média, 1,9 tonelada de CO₂ por hectare ao ano.
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“O Brasil tem um modelo agrícola único. Com o clima tropical, conseguimos produzir duas safras por ano. Enquanto países com clima semelhante ainda preferem o cultivo convencional, o produtor brasileiro reconhece os benefícios do manejo conservacionista. Essa prática captura carbono, evita erosão, protege mananciais e melhora a infiltração da água. Além disso, a rotação de culturas quebra o ciclo de pragas e reforça a sustentabilidade”, explicou Beber.
Plantio direto e rotação de culturas ajudam produtores a capturar carbono e reduzir impactos ambientais. Foto: Aprosoja MT / Divulgação


O estudo mostra ainda que áreas com mais de dez anos de plantio direto acumulam 30% mais carbono no solo do que áreas recentes. Isso comprova que a continuidade das práticas potencializa seus resultados ambientais.

Produtores mostram que é possível produzir e preservar

Segundo Beber, a agricultura brasileira alia eficiência econômica e responsabilidade ambiental. “O aumento da matéria orgânica melhora a retenção de água, estimula a vida no solo e amplia a produtividade, sem precisar abrir novas áreas agrícolas”, destacou.

A produtora Marlise Paetzold Marafon, delegada coordenadora da Aprosoja MT em Sapezal, segue esse mesmo princípio. Com mais de 30 anos de experiência, ela adota o plantio direto e a rotação de culturas para manter o equilíbrio ecológico e preservar o solo.

“Precisamos cuidar bem do solo com rotação de culturas. A soja e o milho sequestram mais carbono do que se imagina. Por isso, o plantio direto é essencial. Ele evita revolver a terra e protege os recursos naturais. O produtor mato-grossense é, antes de tudo, um preservador ambiental”, ressaltou Marlise.

O sistema de plantio direto mantém a cobertura vegetal, reduz a erosão e ajuda a armazenar carbono no solo. Além disso, diminui custos operacionais e amplia a janela de plantio. “Durante a estiagem, o solo permanece protegido e os micro-organismos sobrevivem. Também economizamos combustível e preservamos a matéria orgânica. Alimentamos o mundo e cuidamos da natureza”, completou.

A Aprosoja MT reforça que a preservação ambiental depende tanto de políticas públicas quanto da ação direta dos produtores. O investimento em manejo responsável e práticas sustentáveis fortalece a produção agrícola e contribui para o futuro do planeta.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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