Eleições 15-10-2022 | 16:16:00

Amoedo declara voto em Lula e é criticado por membros do Partido Novo

É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história


Por: Broadcast Pol


Amoêdo afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que desistiu de anular o voto no segundo turno por considerar que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, representa um risco "consideravelmente maior" ao País neste momento. Ele disse que Lula também não o representa, e que fará oposição a qualquer um dos dois que vença a eleição. O ex-presidente do partido, que se candidatou à presidência em 2018, disse ainda que esperava receber críticas no Novo, embora tenha destacado que as regras internas do partido preveem a liberdade de expressão de seus membros.
"A triste declaração constrange a instituição, que se mantém coerente com seus princípios e valores e reforça que Amoêdo não faz mais parte do corpo diretivo do partido desde março de 2020", prossegue a nota do Novo. "Apoiar aqueles que aparelharam órgãos de Estado, corromperam nossa democracia e saquearam os cofres públicos é fazer oposição ao povo brasileiro. O Novo sempre foi e sempre será oposição ao lulopetismo e tudo que ele representa."

O atual presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, também se manifestou pelo Twitter. "Vergonhosa, constrangedora e incoerente a declaração de voto de João Amoêdo em Lula. O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu", escreveu ele. "Essa é a prova final de que o Novo nunca mudou, quem mudou foi o João."

As críticas foram endossadas pelo candidato do Novo à presidência nas eleições deste ano, o cientista político Felipe DAvila. "A declaração de voto de Amoedo ao Lula é uma traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou ao Brasil", postou ele. "Amoedo: pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais."
O Novo liberou seus filiados, dirigentes e mandatários para que manifestassem apoios no segundo turno da eleição. No dia 3 de outubro, afirmou que reforçava posicionamento "totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo que eles representam. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, manifestou apoio à reeleição de Bolsonaro.

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