Agrodefesa recolhe embalagens de agrotóxicos em ação

Além disso, a iniciativa conta com a participação da Unidade Regional Rio das Antas da Agrodefesa e dos fiscais da Unidade Operacional Local de Anápolis. Também recebe apoio das prefeituras municipais, da Emater, do Sindicato Rural de Anápolis, da Associação de Revendedores (Agerpa) e do Sistema Campo Limpo, gerido pelo InpEV. Segundo José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, a ação facilita que pequenos produtores cumpram a lei e, ao mesmo tempo, preservem o meio ambiente.

Devolução segura e rastreável

A devolução das embalagens vazias é obrigatória por lei (Lei nº 14.785/2023) e deve ser feita em até um ano após a compra. Dessa forma, o programa itinerante permite que os produtores tenham meios acessíveis para entregar as embalagens. Além disso, as equipes orientam sobre o armazenamento correto até o momento da entrega.

Porém, Rodrigo Baiocchi, coordenador do Programa de Agrotóxicos da Agrodefesa, alerta para fraudes. Algumas pessoas fingem ser empresas recicladoras e cobram pela coleta, emitindo comprovantes falsos. “Somente o proprietário ou responsável deve entregar as embalagens em postos registrados. Coleta por terceiros é ilegal e prejudica a rastreabilidade”, explica Baiocchi.

Entregar embalagens de forma inadequada é crime ambiental e, consequentemente, a lei prevê reclusão de dois a quatro anos e multa. Também é infração estadual (Lei nº 19.423/2016) não apresentar o comprovante ou realizar a entrega fora do prazo.

Postos de recebimento em Goiás

Atualmente, 27 postos e centrais de recebimento estão registrados na Agrodefesa e funcionam o ano todo em municípios estratégicos, como Anápolis, Rio Verde, Cristalina, Jataí e Luziânia. Esses pontos operam em parceria com revendas, associações e o InpEV. A lista completa de endereços está disponível no site da Agrodefesa.

Além disso, a legislação exige que empresas produtoras, importadoras e comercializadoras de agrotóxicos também sejam responsáveis pela logística reversa. Assim, a destinação correta evita contaminações, protege a saúde humana e contribui para uma agricultura mais segura e sustentável.
Texto publicado originalmente em Notícias