Agro brasileiro exporta US$ 82 bilhões no 1º semestre

Em junho, o total exportado foi de US$ 14,6 bilhões. Apesar da retração nos preços globais, o Brasil conseguiu preservar sua competitividade. O índice de alimentos do Banco Mundial, por exemplo, caiu 7,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mesmo com esse cenário, o país se manteve entre os principais fornecedores mundiais de alimentos.

Diversificação da pauta ajuda a sustentar o desempenho

Entre os destaques da pauta exportadora estão produtos como celulose (com recorde de volume), suco de laranja, farelo de soja e algodão. Além disso, o Brasil exportou óleo de amendoim, ovos, gelatinas, pimenta-do-reino moída e chocolates com cacau. Essa diversidade é fruto de um esforço estratégico promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que busca ampliar mercados e agregar valor à produção.

Reconhecimento internacional fortalece imagem do país

Outro destaque do semestre foi o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação foi concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), durante evento realizado em junho, em Paris.

Esse marco decorre de décadas de investimentos em sanidade e de uma forte articulação entre os estados, o governo federal e o setor produtivo. Como resultado, o Brasil reforça sua posição como fornecedor confiável de alimentos seguros. Além disso, o novo status sanitário deve facilitar o acesso a mercados mais exigentes e com maior valor agregado.

China lidera, mas novos mercados ganham espaço

A China continuou como o principal destino das exportações do agro brasileiro, com US$ 5,88 bilhões em compras. Isso representa 40,3% da pauta do mês de junho. Em seguida, vieram a União Europeia, com US$ 1,9 bilhão, e os Estados Unidos, com US$ 1,04 bilhão. Por outro lado, países como Japão, Vietnã, Tailândia e Indonésia apresentaram crescimento nas compras, o que mostra o avanço em mercados emergentes.

Com isso, o Mapa fortalece sua estratégia de valorização da produção nacional, apoio a produtores de todos os portes e expansão das exportações com foco em segurança sanitária. O desempenho do semestre reafirma o agro como pilar da economia e do comércio exterior brasileiro.
Texto publicado originalmente em Notícias