Sustentabilidade
20-04-2024 | 12:32:00
Por: Redação RuralNews
A ideia da caravana - uma realização da Rede ILPF e associadas é construir alternativas sustentáveis e rentáveis para a agropecuária do País. Antes do município do Planalto Médio a expedição técnica e científica passou por Porto Alegre, Bagé, Rosário do Sul e Ijuí. O Rio Grande do Sul é hoje o terceiro estado do Brasil que mais utiliza ILPF, com 2,2 milhões de hectares.
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O ranking é liderado por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.Em Bagé, na Campanha, onde os sistemas de integração ganham espaço, sobretudo com o cultivo de soja – que cresceu 600% na última década –, os pesquisadores, produtores e gestores públicos participaram de um dia de campo na Embrapa Pecuária Sul.
O pesquisador Naylor Perez destacou a importância do ILP no controle do capim-annoni. Ele falou sobre o baixo potencial produtivo das pastagens infestadas pela planta invasora, que produziram em experimentos entre 44 a 78 quilos de peso vivo por hectare/ano.Em contrapartida, o especialista apresentou o potencial do sistema ILP como estratégia de controle para áreas infestadas. “Medimos a produção animal em um período de quase 10 anos de integração lavoura-pecuária, com ganhos obtidos com a adoção dessa prática, com a sequência dos cultivos de soja e azevém”, disse.
Os dados dos experimentos mostram ganhos médios de 310 quilos de peso vivo por hectare/ano. “A ILP traz uma maior estabilidade econômica. Isso é importante sobretudo nos momentos de frustração de safra”, afirmou Pérez. “Isso é importante na renda do sistema em si e na estabilidade do empreendimento, que se torna menos arriscado quando comparado à utilização somente da agricultura, sujeita às frustações de safras, sobretudo pelo déficit hídrico, que se configura em quase 60% dos anos”, observou Perez.
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Na quarta-feira, houve uma visita técnica e palestra sobre “Pastagens tropicais perenes em sistemas ILPF na Metade Sul do RS”, na Fazenda Santa Clara, em Rosário do Sul. O médico veterinário João Carvalho, do Grupo VJ Agropecuária, proprietário das Fazendas Santa Terezinha e Santa Clara, contou que o grupo trabalha com sistema de ILP e introduziu pastagens tropicais perenes como alternativa para evitar a diminuição do rebanho de cria frente ao avanço das áreas de agricultura.“E isso não diminuiu o nosso rebanho de cria.
Inclusive conseguimos, desde 2021, aumentá-lo em 30%, ou em 358 cabeças, estando hoje em 1.490. Atualmente, mantemos a área de agricultura com uma produção considerável em 600 hectares de pastagem perene”, afirmou o criador. “Na Fazenda Santa Clara, que possui 2 mil hectares, são 35 de pastagem Braquiária Marandú”.
Na propriedade, o grupo cultiva arroz, soja e milho e criam gado, conforme o produtor Luís Paulo Jardim, Ele contou que as lavouras fornecem alimento no verão. “O problema antigamente é que havia falta de comida no inverno e sobrava no verão. Hoje, com a ILP, a gente mantém uma estabilidade de comida no ano inteiro”, destacou Jardim.
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A ferramenta será usada no monitoramento remoto das áreas que adotam sistemas integrados de produção no Rio Grande do Sul. A iniciativa integra o Plano ABC+RS, cuja meta é implantar, até 2030, tecnologias de baixa emissão de carbono em 4,6 milhões de hectares dedicados à atividade agropecuária, sendo 1 milhão de hectares com a tecnologia ILPF.O coordenador do comitê gestor do plano ABC+RS, engenheiro florestal e pesquisador da Secretaria da Agricultura (Seapi) Jackson Brilhante explica que a ferramenta disponibilizará informações sobre a extensão de áreas submetidas ao mecanismo ILPF e em quais atividades o sistema está sendo aplicado.
Com isso, segundo o profissional, haverá maior eficiência no direcionamento dos esforços para diminuir a emissão dos gases de efeito estufa (GEEs) pela agropecuária gaúcha. “A integração lavoura e pecuária permite ao produtor diversificar a atividade, trazendo renda e maior capacidade de adaptação às mudanças climáticas”, salienta Brilhante.
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O especialista destaca outras vantagens dos sistemas de interação, como o sequestro de carbono, redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, melhoria na qualidade do solo, com capacidade para armazenar mais água, maior capacidade de reciclar nutrientes e alta diversidade biológica.
Brilhante diz que alguns produtores do Norte do Estado já estão adotando os sistemas de integração, mas a tecnologia deve crescer mesmo é nos municípios da Metade Sul. “O ILP está tendo um grande incremento nas culturas da soja e do arroz em integração com a pecuária”, destaca.
Sistemas de integração avançam no Rio Grande do Sul
O Estado é hoje o terceiro estado do Brasil que mais utiliza Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) chegando a 2,2 milhões de hectares
Por: Redação RuralNews
A ideia da caravana - uma realização da Rede ILPF e associadas é construir alternativas sustentáveis e rentáveis para a agropecuária do País. Antes do município do Planalto Médio a expedição técnica e científica passou por Porto Alegre, Bagé, Rosário do Sul e Ijuí. O Rio Grande do Sul é hoje o terceiro estado do Brasil que mais utiliza ILPF, com 2,2 milhões de hectares.
O ranking é liderado por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.Em Bagé, na Campanha, onde os sistemas de integração ganham espaço, sobretudo com o cultivo de soja – que cresceu 600% na última década –, os pesquisadores, produtores e gestores públicos participaram de um dia de campo na Embrapa Pecuária Sul.
O pesquisador Naylor Perez destacou a importância do ILP no controle do capim-annoni. Ele falou sobre o baixo potencial produtivo das pastagens infestadas pela planta invasora, que produziram em experimentos entre 44 a 78 quilos de peso vivo por hectare/ano.Em contrapartida, o especialista apresentou o potencial do sistema ILP como estratégia de controle para áreas infestadas. “Medimos a produção animal em um período de quase 10 anos de integração lavoura-pecuária, com ganhos obtidos com a adoção dessa prática, com a sequência dos cultivos de soja e azevém”, disse.
Os dados dos experimentos mostram ganhos médios de 310 quilos de peso vivo por hectare/ano. “A ILP traz uma maior estabilidade econômica. Isso é importante sobretudo nos momentos de frustração de safra”, afirmou Pérez. “Isso é importante na renda do sistema em si e na estabilidade do empreendimento, que se torna menos arriscado quando comparado à utilização somente da agricultura, sujeita às frustações de safras, sobretudo pelo déficit hídrico, que se configura em quase 60% dos anos”, observou Perez.
Inclusive conseguimos, desde 2021, aumentá-lo em 30%, ou em 358 cabeças, estando hoje em 1.490. Atualmente, mantemos a área de agricultura com uma produção considerável em 600 hectares de pastagem perene”, afirmou o criador. “Na Fazenda Santa Clara, que possui 2 mil hectares, são 35 de pastagem Braquiária Marandú”.
Na propriedade, o grupo cultiva arroz, soja e milho e criam gado, conforme o produtor Luís Paulo Jardim, Ele contou que as lavouras fornecem alimento no verão. “O problema antigamente é que havia falta de comida no inverno e sobrava no verão. Hoje, com a ILP, a gente mantém uma estabilidade de comida no ano inteiro”, destacou Jardim.
Mapeamento
Também houve a apresentação do aplicativo e portal ILPF digital, uma plataforma gratuita, desenvolvida pelo projeto SustentAgro da Rede ILPF e a Câmara de Agricultura Digital da Rede ILPF, em parceria com o projeto GEOABC+ (Embrapa Solos), que busca compilar dados e mapear os sistemas ILPF no País.A ferramenta será usada no monitoramento remoto das áreas que adotam sistemas integrados de produção no Rio Grande do Sul. A iniciativa integra o Plano ABC+RS, cuja meta é implantar, até 2030, tecnologias de baixa emissão de carbono em 4,6 milhões de hectares dedicados à atividade agropecuária, sendo 1 milhão de hectares com a tecnologia ILPF.O coordenador do comitê gestor do plano ABC+RS, engenheiro florestal e pesquisador da Secretaria da Agricultura (Seapi) Jackson Brilhante explica que a ferramenta disponibilizará informações sobre a extensão de áreas submetidas ao mecanismo ILPF e em quais atividades o sistema está sendo aplicado.
Com isso, segundo o profissional, haverá maior eficiência no direcionamento dos esforços para diminuir a emissão dos gases de efeito estufa (GEEs) pela agropecuária gaúcha. “A integração lavoura e pecuária permite ao produtor diversificar a atividade, trazendo renda e maior capacidade de adaptação às mudanças climáticas”, salienta Brilhante.
Brilhante diz que alguns produtores do Norte do Estado já estão adotando os sistemas de integração, mas a tecnologia deve crescer mesmo é nos municípios da Metade Sul. “O ILP está tendo um grande incremento nas culturas da soja e do arroz em integração com a pecuária”, destaca.