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Soja 12-11-2024 | 11:52:00

TSI: um salto de eficiência para a sojicultura brasileira

Por Túlio Santos - Engenheiro Agrônomo



No Brasil, onde os solos enfrentam condições climáticas diversas – e, muitas vezes, adversas -, o TSI atua como um aliado fundamental, preparando as sementes para resistirem melhor a esses fatores.
Integrado a outras frentes de inovação e avanço tecnológico, o TSI tem sido fundamental para o notável salto de produtividade na sojicultura brasileira ao longo das décadas.
Há cinquenta anos, a produtividade média da soja no Brasil era de cerca de 1.000 kg por hectare; hoje, ultrapassa 3.500 kg por hectare – impulsionando uma produção nacional em forte crescimento, sem que seja necessário expandir proporcionalmente a área plantada.
Esse progresso reflete o impacto de tecnologias como o TSI, a biotecnologia, o melhoramento genético e práticas avançadas de manejo, que garantem maior segurança ao produtor e sustentam uma produção agrícola mais eficiente e competitiva. O TSI oferece vantagens significativas ao setor agrícola ao entregar uma semente pronta para o plantio, eliminando a necessidade de defensivos agrícolas durante a semeadura. Essa abordagem gera economia para o agricultor, reduz o uso de insumos e diminui o impacto ambiental.
O tratamento industrial também garante uniformidade na aplicação de produtos fitossanitários e nutrientes, promovendo um crescimento mais homogêneo das plantas. Em cenários de condições climáticas adversas, essa tecnologia se torna ainda mais valiosa, pois a proteção antecipada ajuda as plantas a resistirem melhor ao estresse ambiental e a maximizarem seu potencial produtivo.
Além disso, ao reduzir a incidência de pragas e doenças nas fases iniciais do cultivo e contribuir, assim, para a sanidade da plantação, o uso de sementes tratadas agrega valor à produção, em conformidade à crescente demanda de mercados internacionais por produtos agrícolas sustentáveis e de alta qualidade, facilitando exportações com melhores margens.

Avanços tecnológicos

Além do TSI, a sojicultura se beneficia de avanços no desenvolvimento genético e biotecnológico, que permite criar cultivares mais adaptadas ao clima, resistentes a pragas e com ciclos de desenvolvimento otimizados.
O uso de bioinsumos tem se mostrado eficaz para melhorar a saúde do solo e das plantas, promovendo raízes saudáveis e uma maior absorção de nutrientes.
Produtos nutricionais formulados especificamente para as necessidades das culturas elevam a qualidade dos grãos e geram uma melhor rentabilidade para o produtor. Todas essas inovações, integradas ao TSI, formam um ecossistema agrícola mais sustentável e produtivo, permitindo ao Brasil manter-se como um dos maiores produtores de soja globalmente, batendo sucessivos recordes de safra e consolidando sua competitividade no mercado.

Pioneirismo e Liderança no TSI

A trajetória do TSI no Brasil é marcada por iniciativas pioneiras de empresas que investiram na tecnologia e impulsionaram o seu desenvolvimento.

Um exemplo é a Sementes Goiás, que, fundada em 1999, foi uma das primeiras a implementar o TSI no sudoeste goiano e, hoje, é uma referência no setor. Com uma infraestrutura de ponta e um portfólio diversificado de cultivares adaptadas às diversas condições brasileiras, a empresa continua liderando em percentual de sementes tratadas, com mais de 70% de sua produção recebendo tratamento industrial.

Esse compromisso com a qualidade e a inovação tem sido essencial para oferecer ao agricultor um produto final de alta performance, reforçando o papel da Sementes Goiás no desenvolvimento da agricultura nacional.

O TSI segue em expansão, com perspectivas promissoras para a sua adoção em escala crescente, consolidando-se como uma tecnologia essencial para a eficiência e sustentabilidade da produção agrícola brasileira.

Com os avanços contínuos em pesquisa e inovação, espera-se que o tratamento industrial de sementes desempenhe um papel cada vez mais crucial na maximização da produtividade e na melhoria da competitividade do setor agrícola no Brasil e no mundo.

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