Politica 18/10/2023

Relatório final da CPMI de 8 de janeiro indicia até quem não foi ouvido em depoimento

É fajuto o relatório final da CPMI de 8 de janeiro. A conclusão, claro, é de partidos de oposição. Também, pudera. O documento de 1.300 páginas foge diversas vezes do tema - a invasão dos prédios do governo, em Brasília (DF) - e indicia até quem não foi ouvido em depoimento!

Valdecir Cremon

Fajutice totalÉ fajuto o relatório final da CPMI de 8 de janeiro. A conclusão, claro, é de partidos de oposição. Também, pudera. O documento de 1.300 páginas foge diversas vezes do tema - a invasão dos prédios do governo, em Brasília (DF) - e indicia até quem não foi ouvido em depoimento! É o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é classificado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA) como mentor intelectual de “atos antidemocráticos” mesmo sem nunca ter apoiado qualquer movimento publicamente e estar nos Estados Unidos no dia da invasão.
Era previsívelDurante todo o tempo em que a CPMI funcionou, o foco da bancada governista foi atingir Bolsonaro e pessoas ligadas a ele, deixando de ouvir gente realmente encrencada no assunto, como o ministro Flávio Dino (Justiça), o ex-chefe do GSI, coronel G. Dias, e o chefe da Força Nacional, coronel Sandro Queiroz. Estava na cara que a relatora, assim como o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), brindaram o governo comunista de responsabilidade no caso.
O relatório de Eliziane mais parece uma história de fantasia do que um documento oficial. Muitas pessoas estão expostas, vidas arruinadas e muita narrativa. Tudo isso para atingir um só homem: Jair Messias Bolsonaro. Nós, da oposição, vamos apresentar um relatório em que a verdade é restabelecida e a verdadeira história por trás do 8 de janeiro é contada. Aguardem.
Do senador Magno Malta - @MagnoMalta -, sobre o relatório da CPMI do 8 de janeiro. Ontem, no X-Twitter.

E agora?A bancada esquerda-comunista do Congresso Nacional tentou enquadrar Bolsonaro na CPI da Covid. Não conseguiu. Os “três patetas” da comissão - Randolfe Rodrigues, Renan Calheiros e Omar Aziz - fizeram das tripas coração, em vão. Agora, com Eliziane Gama na relatoria e Maia na Presidência, o risco para Bolsonaro aumenta. Os dois são absolutamente capachos políticos de Dino e Lula. A votação do relatório - que indicia, ao todo, 61 pessoas - está prevista para hoje. A diferença prevista de votos favoráveis ao relatório é pequena: 20 a 18.

Contra-ataqueApesar de ser oficial e ter o carimbo da Presidência do Congresso, o relatório de Eliziane Gama não vale nada além do que qualquer outro que possa ser apresentado, inclusive hoje, pela oposição. O deputado Abílio Brunini (PL-MT) prevê que pelo menos 10 relatórios serão protocolados e, em seguida, mesmo sem passar por votação em plenário, serão enviados ao Ministério Público Federal. O senador Izalcy Lucas (PSDB-DF) disse que possui informações graves que serão enviadas ao MPF.
E as ‘ibagens’?É inadmissível que o Congresso Nacional aprove a conclusão desta CPMI sem que Flávio Dino, G. Dias e Sandro Queiroz se expliquem. O caso das imagens supostamente apagadas no Ministério da Justiça é o maior escândalo da República em toda a sua história e o responsável por essa tramoia não deve passar impune. É isso o que pensam, por exemplo, os deputados Gustavo Gayer (GO) e Nikolas Ferreira (MG) e o senador Marcos Rogério (RO), todos do PL. Veja este vídeo https://www.youtube.com/watch?v=nofzyDOY6s8

O que diz BolsonaroEm nota oficial divulgada na tarde desta terça-feira (17), a defesa de Jair Bolsonaro (PL) tornou público o que era evidente: sua “indignação” com o relatório da CPMI. ““A proposta de indiciamento –para além de ausência de quaisquer elementos que conectem o ex-presidente com os atos investigados– mostra-se parcial, tendenciosa e totalmente pavimentada por viés político e não jurídico”, diz a nota postada no X-Twitter.

Finalmente!O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu arquivar três ações contra Jair Bolsonaro, em julgamento realizado nesta terça-feira (17). Os casos são da campanha eleitoral do ano passado - nenhum relevante, mas que poderiam acrescentar mais oito anos de inelegibilidade ao ex-presidente. Supostos abusos de poder político e conduta proibida a agentes públicos em período eleitoral eram as acusações feitas pelo PDT e pela campanha do presidente Lula.

Não se enganeO arquivamento das ações pela turminha anti-Bolsonaro do TSE tem uma explicação: proteger Lula da possibilidade de ter o registro de sua candidatura cassado por conta de irregularidades semelhantes, em 2022. O presidente comunista responde a duas ações, que tem pena de cassação e de perda de direitos políticos, incluindo o vice Geraldo Alckmin. O julgamento dos casos deve começar hoje. Entendeu?

À prova de traiçõesTarcísio de Freitas (Republicanos) evita falar do assunto, sempre que é invocado pela imprensa. Mas, não esconde ter conhecimento de que poderá - evidentemente - ser traído numa possível tentativa de ocupar o espaço de Bolsonaro na campanha presidencial de 2026, após cumprir o mandato como governador de São Paulo. Da mesma forma que o ex-presidente foi traído por falsos patriotas, na capital e em muitas cidades do interior paulista, Tarcísio poderá ser a “bola da vez” de infiltrados - aqueles que vestiram a camisa amarela quando instigados, mas que “fizeram o L” embaixo da mesa. Muitos destes ganharam cargos no governo comunista, agora, porque já faziam parte do esquema da traição.

Cortes na educaçãoApesar de terem noticiado ao menos uma vez cada um, os veículos do consórcio de mídia “se esqueceram” do corte de R$ 116 milhões que o governo comunista fez na Capes, órgão responsável pelo financiamento de bolsas de estudos e pesquisas. A redução orçamentária de agora - a terceira deste ano - foi anunciada anteontem. Daria tempo de, por exemplo, ouvir alunos, professores, a tia do café, o Fernando de Tal, entre outros personagens assim que sempre apareciam em reportagens do tipo quando Bolsonaro era presidente.

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