Fatos políticos do dia 27 de setembro de 2023

O general da reserva, Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo de Jair Bolsonaro - se irrigou com o desconhecimento e ironias da relatora da CPMI do circo, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), durante depoimento nesta terça-feira (26), e soltou um palavrão. “Ela fala as coisas que ela acha que está na minha cabeça, porr*, é para ficar puto. P*t* que pariu”, disparou em conversa com seu advogado. Sonsa, a senadora misturou assuntos, acusações, suspeitas e até uma ameaça velada de prisão. Apesar do chilique, Augusto Heleno se manteve calmo durante todo o depoimento.

A senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) poderia ter voltado ao seu cantinho de ostracismo, nesta terça, durante a sessão de descarrego da CPMI. Mas, não. Preferiu ler perguntas que certamente não escreveu, tentando encurralar o general Augusto Heleno, e tomou uma invertida. A questão era se o militar havia atuado como ajudante de ordens do ministro do Exército, Sylvio Frota, no governo do general Ernesto Geisel. “Isso não está no escopo da minha convocação aqui”, disse Augusto Heleno. A senadora insistiu: “General, eu formulo as perguntas”. E recebeu na lata: “ E eu respondo se quiser.”

Outra estratégia esquerdistas é acusar adversários de fazer o que eles fazem. Está claro no caso da “obrigatoriedade” de instalação de banheiros unisex em escolas para atender exclusivamente pessoas com preferências sexuais diferentes das comuns. O governo editou um decreto com a “obrigatoriedade” e deputados de oposição, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Filipe Barros usaram redes sociais para criticar a medida. Em seguida, ministros do governo comunista anunciaram que o caso será investigado como fake news.

O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) caiu na armadilha e empurrou o comunista André Janones (Avante-MG) durante audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, ontem, quando o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio de Almeida, era ouvido. Evair se deixou levar por insultos do falastrão e o empurrou contra uma mesa. Janones teria dito que o parlamentar capixaba “cheirava a cachaça”. O rela rela começou porque o aliado de Lula teria chamado Filipe Barros (PL-PR) de “idiota”. O caso vai parar no Conselho de Ética, como prometeram os envolvidos.

Não será apenas com uma explicação que o ministro Flávio Dino (Justiça) convencerá a Nação de que as imagens de câmeras de vigilância, do dia 8 de janeiro, foram apagadas 15 dias depois. Ontem, e pela terceira vez, o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) enviou requerimento à PGR (Procuradoria Geral da República) para ter acesso a todos os discos rígidos (HDs) das câmeras do palácio de Dino. Especialistas afirmam que, mesmo deletadas, é possível recuperar as gravações.

O TSE (puxadinho do STF) decidiu retirar as Forças Armadas da relação de entidades autorizadas a fiscalizar o processo eleitoral, especialmente o uso das insuspeitas urnas eletrônicas. A decisão foi unânime, nesta terça (26), e inclui o Supremo Tribunal Federal. A sugestão para a retirada partiu de Alexandre de Moraes, para quem a presença de militares não contribuiu em nada para as eleições do ano passado.

Uma liminar da 6ª Vara Federal Cível de São Paulo obriga, desde ontem, a Universidade Santo Amaro a reintegrar 15 estudantes que foram expulsos da instituição após ficarem pelados durante uma partida de vôlei feminino, numa quadra esportiva da instituição. Um dos pelados alegou não ter tido “direito de se defender” da acusação. Detalhe: os estudantes de medicina são os futuros médicos deste país.

O fundo do poço é logo ali 2

Jair Bolsonaro virou réu em um processo que corre desde 2014 na Justiça Fedreal de Brasília (DF) por incitação ao crime de estupro. O caso ocorreu durante discurso dele, na Câmara dos Deputados, em dezembro de 2014, quando disse que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque “ela não merecia”. O processo é tocado pela petista e pelo Ministério Público Federal. No X-Twitter, Bolsonaro escreveu, ontem, que quem defende criminosos vira mocinho e que a fala na tribuna teria sido resultado de insultos de Maria do Rosário.

O orçamento do STF para 2024 será de R$ 897,8 milhões - cinquenta milhões de reais acima do valor aplicado neste ano. Significa que cada ministro - a corte tem 11 - custará R$ 11,5 milhões ao povo brasileiro no ano que vem. O salário de cada um será de R$ 44 mil a partir de fevereiro.