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A possível abertura de importação de tilápias do Vietnã preocupa bastante a cadeia de pescados do Brasil devido ao alto risco da entrada de lotes contaminados por vírus o do TILV, presente naquele país.
A preocupação foi demonstrada em reunião realizada nesta terça-feira (30), em Brasília (DF), entre representantes do setor e os ministros Carlos Fávaro, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), e André de Paula, do Ministério da Pesca e Aquicultura, além do e o secretário de defesa agropecuária, Carlos Goulart.
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“A tilápia é o nosso mais importante peixe de cultivo e a entrada desse vírus no Brasil seria desastroso para a cadeia produtiva, que conta com mais 230.000 estabelecimentos rurais que criam peixes – expressiva maioria de pequeno porte – e 1 milhão de empregos”, disse Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR, presente na reunião.
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Fávaro anunciou que o governo revisará o protocolo sanitário que possibilitou a entrada no Brasil, em dezembro de 2023, de um lote de 25 toneladas de tilápia importada do Vietnã.
A Peixe BR questionou o Mapa sobre o risco sanitário do lote importado. “A análise nos portos de entrada é por amostragem. O contêiner de tilápia não foi analisado, mesmo sendo o primeiro em muitos anos”, informou Medeiros. A entidade também alertou o governo sobre o uso de polifostato no Vietnã para aumentar artificialmente o peso dos filés de tilápia e de pangasius.
Exigências sanitárias
Marilsa Fernandes, presidente executiva da Peixe SP, que também participou da reunião, disse que as exigências sanitárias impostas ao produtor brasileiro são ”muito altas” e o governo não pode ceder a importação a um país que não tem o mesmo rigor com seus produtores.
Segundo ela, o setor vai subsidiar o Mapa com informações técnicas para compor a evolução da ARI (Análise de Risco de Importação), incluindo a elaboração de uma nota técnica com os pontos principais baseados na literatura e nas normas OMC (Organização Mundial do Comércio).
“Esse é um processo moroso e com resultado duvidoso. Pode ser perda de tempo, e continuar entrando novas cargas de peixes. Soubemos ontem [terça-feira] que há mais 5 autorizações para importação de tilápia do Vietnã para o Brasil”, disse Marilsa.
Em março, uma comissão brasileira, com autoridades do Mapa, irá ao Vietnã para revisar negociações comerciais, incluindo a possível troca de peixes por outros produtos brasileiros “Como sabemos, o jogo nestas negociações é de interesses, bruto e de trocas”, acrescentou.
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Peixe BR reage contra importação de tilápias do Vietnã
Mapa recua de autorizações e anuncia revisão de protocolos para liberação de cargas
Publicado em 31/01/2024 | 19:32:00
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A preocupação foi demonstrada em reunião realizada nesta terça-feira (30), em Brasília (DF), entre representantes do setor e os ministros Carlos Fávaro, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), e André de Paula, do Ministério da Pesca e Aquicultura, além do e o secretário de defesa agropecuária, Carlos Goulart.
“A tilápia é o nosso mais importante peixe de cultivo e a entrada desse vírus no Brasil seria desastroso para a cadeia produtiva, que conta com mais 230.000 estabelecimentos rurais que criam peixes – expressiva maioria de pequeno porte – e 1 milhão de empregos”, disse Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR, presente na reunião.
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Fávaro anunciou que o governo revisará o protocolo sanitário que possibilitou a entrada no Brasil, em dezembro de 2023, de um lote de 25 toneladas de tilápia importada do Vietnã.
A Peixe BR questionou o Mapa sobre o risco sanitário do lote importado. “A análise nos portos de entrada é por amostragem. O contêiner de tilápia não foi analisado, mesmo sendo o primeiro em muitos anos”, informou Medeiros. A entidade também alertou o governo sobre o uso de polifostato no Vietnã para aumentar artificialmente o peso dos filés de tilápia e de pangasius.
Exigências sanitárias
Marilsa Fernandes, presidente executiva da Peixe SP, que também participou da reunião, disse que as exigências sanitárias impostas ao produtor brasileiro são ”muito altas” e o governo não pode ceder a importação a um país que não tem o mesmo rigor com seus produtores.
Segundo ela, o setor vai subsidiar o Mapa com informações técnicas para compor a evolução da ARI (Análise de Risco de Importação), incluindo a elaboração de uma nota técnica com os pontos principais baseados na literatura e nas normas OMC (Organização Mundial do Comércio).
“Esse é um processo moroso e com resultado duvidoso. Pode ser perda de tempo, e continuar entrando novas cargas de peixes. Soubemos ontem [terça-feira] que há mais 5 autorizações para importação de tilápia do Vietnã para o Brasil”, disse Marilsa.
Em março, uma comissão brasileira, com autoridades do Mapa, irá ao Vietnã para revisar negociações comerciais, incluindo a possível troca de peixes por outros produtos brasileiros “Como sabemos, o jogo nestas negociações é de interesses, bruto e de trocas”, acrescentou.
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