Pecuária de corte
05-04-2024 | 9:48:00
Por: Fabiano Reis
Um fator interessante, ocorreu em Campo Grande/MS, com o JBS melhorando em R$ 2,00 a arroba do boi gordo na última quarta-feira, trazendo para R$ 217,00. Nesta quinta-feira, os valores ofertados pela indústria retornavam para R$ 215,00. A ação mostra o cuidado em manter os dias garantidos de atividade fabril, que têm sido expressivos com a composição de grande participação de fêmeas.
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Ao considerarmos os abates SIF, vamos observar que o primeiro trimestre mantém uma participação de fêmeas mais elevado que nos últimos dois anos. A porcentagem no total chega a 41%, números que fica em torno de 1,5 p.p. mais alto que o mesmo período do ano passado. Em linhas gerais, os dois primeiros meses do ano de 2024 tiveram abates muito intensos de machos e, principalmente, de fêmeas.
No mês de março, apenas com dados federais, houve redução tanto para machos, quanto fêmeas, 4,5% e 13,8%, respectivamente. Na expectativa, nos traz uma atenção mais aguda de que o final da safra de pasto de bois possa ter um impacto menor, amenizado pelo arrefecimento de oferta. A tal expectativa lançada depende se a desaceleração apresentada em março for mantida nos próximos dois meses.
Uma questão relevante, ponto comum, é a visão de oferta bem menor de bezerros desmamados em 2025 e 2026, causado por um grande abate de fêmeas em idade reprodutiva desde 2022. Para ilustrar, destaco que há indústrias frigoríficas se preparando (comprando bezerro e gado magro para oferta própria) e tem um projeto apresentado nesta semana na Câmara Federal para elevar a taxação de exportação de gado em pé para 50%.
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Explico: o projeto 786/24, do deputado Nilto Tatto, do PT-SP, pretende desestimular a exportação de animais vivos, com tarifa de 50% nos embarques, alegando “maus-tratos a animais que passam dias na estrada, espremidos em caminhões, mal alimentados, desidratados e muitas vezes machucados”, como definido no projeto. Certamente, o deputado deve ter ouvido falar do programa de Boas Práticas e do valor, do capital, que representam estes animais.
Como avalio as questões sobre a ótica econômica, apresento alguns fatores para reflexão: em 2023 foram 600 mil animais embarcados; os embarques são uma alternativa interessante para pecuaristas do Pará e Rio Grande do Sul (principalmente), uma possibilidade além dos frigoríficos; em um ano no qual a oferta será reduzida (2025, 2026...) seria interessante para setores da economia e política a redução dos embarques de animais vivos. Faz sentido?
Mercado do gado pronto sinaliza redução nos abates em março
Nesta quinta-feira, 04/04, os valores ofertados pela indústria retornavam para R$ 215,00, mostrando o cuidado em manter os dias garantidos de atividade fabril
Por: Fabiano Reis
Um fator interessante, ocorreu em Campo Grande/MS, com o JBS melhorando em R$ 2,00 a arroba do boi gordo na última quarta-feira, trazendo para R$ 217,00. Nesta quinta-feira, os valores ofertados pela indústria retornavam para R$ 215,00. A ação mostra o cuidado em manter os dias garantidos de atividade fabril, que têm sido expressivos com a composição de grande participação de fêmeas.
Ao considerarmos os abates SIF, vamos observar que o primeiro trimestre mantém uma participação de fêmeas mais elevado que nos últimos dois anos. A porcentagem no total chega a 41%, números que fica em torno de 1,5 p.p. mais alto que o mesmo período do ano passado. Em linhas gerais, os dois primeiros meses do ano de 2024 tiveram abates muito intensos de machos e, principalmente, de fêmeas.
No mês de março, apenas com dados federais, houve redução tanto para machos, quanto fêmeas, 4,5% e 13,8%, respectivamente. Na expectativa, nos traz uma atenção mais aguda de que o final da safra de pasto de bois possa ter um impacto menor, amenizado pelo arrefecimento de oferta. A tal expectativa lançada depende se a desaceleração apresentada em março for mantida nos próximos dois meses.
Uma questão relevante, ponto comum, é a visão de oferta bem menor de bezerros desmamados em 2025 e 2026, causado por um grande abate de fêmeas em idade reprodutiva desde 2022. Para ilustrar, destaco que há indústrias frigoríficas se preparando (comprando bezerro e gado magro para oferta própria) e tem um projeto apresentado nesta semana na Câmara Federal para elevar a taxação de exportação de gado em pé para 50%.
Como avalio as questões sobre a ótica econômica, apresento alguns fatores para reflexão: em 2023 foram 600 mil animais embarcados; os embarques são uma alternativa interessante para pecuaristas do Pará e Rio Grande do Sul (principalmente), uma possibilidade além dos frigoríficos; em um ano no qual a oferta será reduzida (2025, 2026...) seria interessante para setores da economia e política a redução dos embarques de animais vivos. Faz sentido?