Pecuária de corte
21-03-2024 | 18:36:00
Por: Fabiano Reis
Começo trazendo o último tema, já escrevi diversas vezes aqui sobre os abates com SIF no País apontando para expressiva participação de fêmeas em 2024, até o momento mais alto na comparação com o ano passado, que teve um ano de elevação forte nos abates no geral e na participação de vacas e novilhas, dados que foram comprovados pelo IBGE (veja artigos anteriores).
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Outra questão que trouxe há um mês foi a utilização de sêmen de reprodutores de gado de corte em 2023, foram 17,062 milhões de doses comercializadas, queda de 5%. Todos esses números levam para um cenário no qual a pecuária de cria fica bem menor e acabam por comprovarem, muito antes do momento, um 2025, provavelmente, 2026 também, muito restrito na oferta de bezerros desmamados. Nas demais categorias, o ciclo pecuário vai tratar de encarecer todos os segmentos, mas para cobrir, necessariamente, os custos de animais jovens bem mais altos.Sobre a rastreabilidade bovina, na última terça-feira, o Ministério da Agricultura recebeu uma proposta de política pública nacional e individual. Foi apresentada pelo Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável e da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
A proposta pretende garantir a rastreabilidade e o monitoramento de 100% dos animais que são abatidos, bem como os critérios sanitários e socioambientais, fornecendo as informações de tempo de permanência e local de produção de cada animal ao longo do seu ciclo de vida, ou seja, do nascimento e/ou desmama até o abate.A questão que levanto é em torno do custo de rastreamento da iniciativa que se antecipa a provável exigência de origem de área não desmatada, como já é ensaiada pela União Europeia. E não. Definitivamente não acredito que a China um dia faria tal exigência de “sustentabilidade”, mas creio que usaria o argumento para jogar o preço para baixo.
Enfim, a rastreabilidade traz uma série de benefícios para todos os elos da cadeia produtiva da carne bovina e por isso mesmo, não pode ter o seu custo direcionado apenas para um segmento da produção. No caso, o produtor rural.
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A rastreabilidade traz uma série de benefícios para todos os elos da cadeia produtiva da carne bovina e não pode ter o seu custo direcionado apenas para o produtor rural
Por: Fabiano Reis
Começo trazendo o último tema, já escrevi diversas vezes aqui sobre os abates com SIF no País apontando para expressiva participação de fêmeas em 2024, até o momento mais alto na comparação com o ano passado, que teve um ano de elevação forte nos abates no geral e na participação de vacas e novilhas, dados que foram comprovados pelo IBGE (veja artigos anteriores).
Outra questão que trouxe há um mês foi a utilização de sêmen de reprodutores de gado de corte em 2023, foram 17,062 milhões de doses comercializadas, queda de 5%. Todos esses números levam para um cenário no qual a pecuária de cria fica bem menor e acabam por comprovarem, muito antes do momento, um 2025, provavelmente, 2026 também, muito restrito na oferta de bezerros desmamados. Nas demais categorias, o ciclo pecuário vai tratar de encarecer todos os segmentos, mas para cobrir, necessariamente, os custos de animais jovens bem mais altos.Sobre a rastreabilidade bovina, na última terça-feira, o Ministério da Agricultura recebeu uma proposta de política pública nacional e individual. Foi apresentada pelo Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável e da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
A proposta pretende garantir a rastreabilidade e o monitoramento de 100% dos animais que são abatidos, bem como os critérios sanitários e socioambientais, fornecendo as informações de tempo de permanência e local de produção de cada animal ao longo do seu ciclo de vida, ou seja, do nascimento e/ou desmama até o abate.A questão que levanto é em torno do custo de rastreamento da iniciativa que se antecipa a provável exigência de origem de área não desmatada, como já é ensaiada pela União Europeia. E não. Definitivamente não acredito que a China um dia faria tal exigência de “sustentabilidade”, mas creio que usaria o argumento para jogar o preço para baixo.
Enfim, a rastreabilidade traz uma série de benefícios para todos os elos da cadeia produtiva da carne bovina e por isso mesmo, não pode ter o seu custo direcionado apenas para um segmento da produção. No caso, o produtor rural.