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Milho 16-08-2022 | 13:47:00

Seguindo tendência de segunda-feira, milho abriu com perdas na CBOT

Clima se apresentando melhor por quase todo o Meio Oeste e temores de recessão na economia chinesa, que pode afetar a demanda pelo grão estadunidense, acabam por manter o mercado sob pressão.


Por: Camilo Motter


– Ontem, o USDA, em seu boletim semanal, informou que as lavouras de milho apresentaram queda de um ponto percentual na condição bom/excelente ao longo da última semana, caindo de 58% para 57%. Nesta fase final do ciclo, é natural que ocorra alguma redução na qualidade das plantas; contudo, a avaliação ainda ficou acima dos 56% esperados pelo mercado. Na mesma semana do ano passado, o índice era de 62%.
– Tendo o número 100 como normalidade na evolução das lavouras, o Index, segundo o USDA, está em 97 nesta semana, contra os mesmos 97 da semana passada e 100 do mesmo ponto de 2021.

– Em relação ao estágio, 94% das plantas entraram em floração, ante 98% de mesma época no ano anterior. Em formação de grãos são 62%, contra 71% do mesmo ponto da estação passada e 65% de média. Dezesseis por cento estão com os grãos formados, contra 20% da mesma data no ano passado.

– O USDA também informou ter inspecionado o embarque de 0,54Mt de milho na última semana. Na temporada, o volume despachado chega a 53,1MT, ante 64,7MT do mesmo intervalo do ano passado. A meta deste ano, que termina neste fim de agosto, é de 62,2MT, e, por certo, ficará longe de ser alcançada.
– Segundo a SECEX, as exportações de milho brasileiro somam até este ponto de agosto, 3,2MT. O line-up de navios, aponta para embarques de 8,1MT neste mês, ante 4,3MT de agosto de 2021. Até agora foram exportadas 10,8MT, ante 5,4MT do mesmo intervalo do ciclo passado. A previsão é para exportações na ordem de 37,0MT para este ano, ante 21,0MT da temporada anterior.

– Mercado doméstico segue vagaroso, focado na paridade de exportação. Na medida em que a colheita entra na reta final, os produtores adotam uma postura mais restritiva. Muitas integrações se mantêm fora do mercado, com atenção voltada para o recebimento de contratos negociados antecipadamente. A alta dos fretes é outro fator limitante na formação do preço.

– Mercado brasileiro segue atento em relação ao desenvolvimento da safra norte-americana e europeia, uma vez que os preços internacionais servem de piso para as cotações domésticas.
– Indicações de compra na faixa entre R$ 81,00/83,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 87,00/89,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

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