Milho 04/10/2022

Milho opera em leve alta na manhã desta terça-feira, dia 04/10

Ontem, o pregão encerrou com alta de 3 pontos, ainda postado nas tensões no leste europeu e na lentidão da colheita dos EUA, que está aquém do esperado pelo mercado

Camilo Motter

Na Bolsa de Chicago (CBOT), preços do milho operam em leve alta neste momento, manhã de terça-feira, 04/10, a U$ 6,83/dezembro. Ontem, o pregão encerrou com alta de 3 pontos, ainda postado nas tensões no leste europeu e na lentidão da colheita dos EUA, que está aquém do esperado pelo mercado. A BMF opera em R$ 87,40/ novembro (-0,45%) e R$ 92,60/Janeiro (-0,45%). De acordo com levantamento do USDA, a colheita da safra de milho norte-americano está em 20%, pelo menos dois pontos abaixo da estimativa do mercado. Houve progresso de apenas 8 pontos na semana. No mesmo ponto ao ano passado o índice era de 27% e, na média histórica, de 22%.
A qualidade das lavouras permanece nos mesmos índices da semana anterior: 52% boas/excelentes, 27% regulares e 21% ruins/muito ruins. No ano passado, as condições eram, respectivamente, 59%, 26% e 15%.
As inspeções de exportação de milho dos EUA ficaram em 0,66MT na última semana. No acumulado desta temporada, iniciada em 1º de setembro, o volume chega a 2,35MT, ante 2,26MT do mesmo intervalo do ciclo anterior.
A China suspendeu as exportações de amido de milho, num movimento que sugere que o país, maior importador deste cereal, está com os estoques baixos. Com a medida, o governo pretende estabilizar os preços domésticos do milho e conter riscos de inflação. Os maiores fornecedores para a China são os EUA (que colherão uma safra menor neste ano) e a Ucrânia (oprimida pela invasão russa). As informações são da agência Bloomberg.

A produção de milho da China, estimada em 272,0MT, será de 10,0MT a 15,0MT menor do que no ano anterior, em razão do clima adverso. O produto ucraniano é o mais competitivo em termos de importação; porém, as dificuldades logísticas por causa da guerra limitam as negociações. Desta forma, os chineses têm buscado milho em outras origens, com destaque para o Brasil. Mercado doméstico sofre pressão com a queda acentuada do câmbio, mas oscila dentro de uma estreita faixa. Os preços de exportação obedecem à mesma lógica e são contidos pela valorização do Real; mas, seguem como piso para as operações internas. O justificado aumento do custo de transporte, se mantém como fator limitante para ao abastecimento dos estados mais ao sul do país.
Indicações de compra na faixa entre R$ 82,00/84,00 no oeste do estado; em Paranaguá, entre R$ 88,00/90,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.

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